Pedro Florêncio é exonerado e deixa Secretaria de Administração Penitenciária

Pedro Florêncio assumiu a pasta em setembro de 2015 (Foto: AC)
Pedro Florêncio assumiu a pasta em setembro de 2015 (Foto: AC)

MANAUS – O policial federal Pedro Florêncio foi exonerado da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) na manhã desta sexta-feira (13). A decisão deve ser oficializada ainda hoje no Diário Oficial do Estado (DOE). Florêncio será substituído pelo tenente-coronel Cleitman Coelho, que atualmente responde pelo Comando de Policiamento Especializado (CPE).

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). A reportagem de A Crítica apurou que após a comunicação da exoneração, Florêncio foi à secretaria e reuniu-se com os funcionários da pasta para comunicar a saída.

Desde setembro de 2015 no cargo, Florêncio foi apenas o segundo secretário da pasta, que foi criada em março de 2015 e era comandada pelo coronel da PM Louismar Bonates. Florêncio não resistiu à severa crise instalada no sistema prisional desde o início deste ano, quando 64 presos foram mortos no intervalo de uma semana, sendo 56 somente no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, naquele que foi  o segundo maior massacre penitenciário no Brasil, perdendo apenas para o Carandiru, em 1992.

Em seu primeiro posicionamento público após a matança no Compaj, o governador José Melo sinalizou que queria mudanças na política de administração prisional. Ele afirmou, na ocasião, que a tentativa de humanizar a gestão penitenciária não deu certo, e que a partir de então haveria mudanças.

Substituto

Formado na academia de Polícia do Ceará, Cleitman tem pós-graduação em gestão e direito de trânsito, especialização em choque, policiamento comunitário e tiro tático. O tenente-coronel também já coordenou os comandos de Policiamento de Área Norte (CPA-Norte) e Leste (CPA-Leste) e foi diretor de trânsito do Manaustrans entre 2009 e 2012 na gestão do prefeito Amazonino Mendes.

Atualmente, Cleitman respondia pelo CPE, onde ficaram presos nomes conhecidos como Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari,  Mouhamad Moustafa, considerado responsável pelo desvio de R$ 110 milhões da saúde no Amazonas, e também o narcotraficante Felipe  Ribeiro Batista, o ‘Anjinho’, um dos líderes da facção Família do Norte.

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