Moradores do Prosamim protestam contra a retirada das grades dos Aps

As grades são colocadas pelos moradores, como medida de segurança

 

As grades são colocadas pelos moradores, como medida de segurança
As grades são colocadas pelos moradores, como medida de segurança

Manaus, AM – Os Moradores do conjunto habitacional do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus  (Prosamim) da Avenida Ramos Ferreira, prometem muita luta para que as grades de proteção que os moradores estão colocando para oferecer mais segurança nos apartamentos,  permaneçam.  Ontem eles se reuniram numa manifestação exatamente para protestar contar a retirada das grandes.

Segundo eles, os portões de ferro foram colocados por segurança. A manifestação ocorreu após o recebimento de notificações da Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab), que determinou a remoção em cinco dias.

O ato começou por volta das 19h. Os moradores incendiaram pedaços de madeira e montaram uma barricada para impedir o fluxo de veículos na via, que precisou ser interrompida.

De acordo com o morador Alberto Gomes, de 35 anos, a colocação das grades em frente aos logradouros foi uma medida adotada para prevenir assaltos no local, considerado de área vermelha.

A manifestação teve até fogo na rua
A manifestação teve até fogo na rua

Segundo ele, alguns moradores também usaram grades para montar pequenos comércios no conjunto. “Queremos permanecer com as grades e queremos que os comércios permaneçam no local, porque foram prometidos boxes para os comerciantes, isso não foi cumprido e eles foram obrigados a fazer um ‘puxado’. As grades são para nossa segurança, coisa que ninguém oferece para a gente”, disse.

Além de comprometer a segurança dos apartamentos, a retirada das grades irá comprometer os pequenos estabelecimentos no local, segundo um morador, que não quis ser identificado. “Eles sumiram por nove anos e agora estão dando cinco dias para acabar com isso. Tem trabalhador que passou dois anos para montar o seu negócio, sendo que aqui a maioria é autônomo. Na crise que estamos, se você que tem filhos, tem que pagar contas de água e luz, como você nós vamos sobreviver?”, disse.

O comerciante José Martins mantém um mercadinho no conjunto. Segundo ele, a renda para sustentar a família vem das vendas do estabelecimento, que corre o risco de ser desapropriado. “Fica muito difícil. Eu vivo disso aqui há sete anos. É o jeito que deu para ganhar dinheiro”, lamentou.

Os moradores, prometem novas manifestações em favor do que eles chamam de grandes de segurança
Os moradores, prometem novas manifestações em favor do que eles chamam de grandes de segurança

A moradora Gracinete de Souza Marques, de 55 anos, também colocou portões na entrada do apartamento. A medida foi tomada após ela ter a porta quebrada em uma tentativa de assalto. “Eles chegaram e bateram na porta para quebrar o vidro e roubar minha bolsa que fica no cabide. Nós somos pessoas humildes. Só queremos nossa segurança”, afirmou.

Moradores do local denunciaram ainda outros problemas. Eles informaram que refletores foram colocados no local por iniciativa popular, após um curto circuito comprometer a iluminação pública.

A moradora Ilda Pereira da Silva, 54, reclamou da falta de saneamento básico de qualidade. “Todo dia eu acordo na minha casa sentindo um fedor horrível. Toda vez que chove a minha casa, minha cozinha toda é invadida por fezes. Aí é cobrado 100% de esgoto e se você não pagar alguma conta, eles vem e cortam na hora. Mas não aparece um quando é para consertar”, completou.

A reportagem não conseguiu contato com a Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) na noite desta terça-feira.

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