Dunga tenta se equilibrar na corda bamba

Depois da vergonha na Copa Ameerica, o falastrão Dunga, etnta se equilibrar na corda bamba
Depois da vergonha na Copa Ameerica, o falastrão Dunga, etnta se equilibrar na corda bamba
Depois da vergonha na Copa América, o falastrão Dunga, tenta se equilibrar na corda bamba

Brasil – Diante do futuro de incertezas, o passado da seleção brasileira faz um exame do presente da única equipe dona de cinco títulos mundiais. Após a eliminação na primeira fase da Copa América, alguns craques que vestiram a amarelinha ao longo da histórica deram seus respectivos diagnósticos dos motivos que levaram o time de Dunga até a queda precoce diante do Peru.

Para os ex-jogadores, a situação do treinador é incerta, assim como a classificação para a Copa do Mundo da Rússia. Com um terço dos jogos das eliminatórias já disputados, o Brasil ocupa apenas a sexta colocação, que não dá vaga nem mesmo a um lugar da repescagem.

– Há as cobranças. Por muito menos, outros treinadores foram obrigados a deixar o cargo. Ele pelo visto tem moral com os homens da CBF. Agora, será que vale à pena mudar neste momento, pouco antes da Olimpíada.

O nosso grande objetivo não era a Copa América. O objetivo é ter um time arrumado nas eliminatórias, nos próximos dois jogos. Precisamos fazer quatro pontos pelo menos nesses próximos compromissos – disse o ex-lateral do Flamengo e da Seleção Júnior, citando os duelos de setembro, contra Equador e Colômbia.

Mudança na postura

Ex-atacante da seleção brasileira entre as décadas de 80 e 90, Careca foi auxiliar pontual da comissão técnica de Dunga nas partidas contra Argentina, em Buenos Aires, e Peru, em Salvador, pelas eliminatórias no ano passado. Para ele, a responsabilidade do treinador vai até certo ponto e é preciso uma mudança na postura dos jogadores.

– O treinador tem culpa? Tem culpa, mas até certo ponto. Fiz o trabalho de dois jogos acompanhando de perto. O Dunga dá liberdade em campo de ir para cima, criar, mas falta a essa geração um pouco de personalidade, mais forte, agressiva. Não é de bater, mas sim de ter atitude. Às vezes, brigávamos entre a gente, mas sempre para o bem.

Tivemos vários momentos assim. Perdemos, mas perdemos jogando. Com personalidade e caráter. Essa geração atual foi muito cedo embora do Brasil.

Após a campanha frustrante na Copa América, Careca ainda é cuidadoso ao falar das chances da Seleção ir para o Mundial da Rússia.

– A gente sempre espera uma reação no jogo seguinte. Na Copa, depois da Alemanha, tomamos de três da Holanda. Não sei dizer… Espero que isso (ficar fora da Rússia) não ocorra. Vão estar pressionados. Pode mudar o treinador, não sei o que vai acontecer. Se vai haver uma mudança muito radical… Risco tem porque é o que vemos aí. Não vamos falar pelo gol (do Peru). Contra o Equador tivemos dificuldade… Não conseguimos fazer o gol. Risco existe.

Na vistão de Casagrande, atacante da Seleção contemporâneo de Careca, a Seleção decepcionou como um todo. E não apenas na eliminação diante do Peru.

– Perdeu injustamente? Perdeu, foi um gol de mão (veja o lance no vídeo acima). Mas temos que pegar o pacote todo. Não foi só o jogo contra o Peru. O pacote todo não é bom – disse o comentarista, em entrevista ao Jornal Nacional.

Nas eliminatórias para a Copa de 1994, a seleção tomou um susto, mas conseguiu a classificação na última rodada ao derrotar o Uruguai dentro do Maracanã na última rodada. Daquela vez, a atuação de Romário fez a diferença, mas agora falta um craque, acredita Júnior.

– Em 93, esteve ameaçada, mas tinha Romário e Bebeto. Hoje você não tem… Não tivemos o Neymar quando tomamos de sete. Não tivemos domingo… Em diversas situações, quando precisamos do maior craque, não tivemos êxito. Você tem ótimos jogadores, mas não tem o cara decisivo. O Coutinho mostrou ontem que ainda está caminhando. O nosso maior craque não estava presente, como sempre aconteceu – comentou o ex-lateral.

Dunga: opiniões divergentes 

Responsável por classificar a seleção brasileira para as semifinais da Copa América de 95 com um toque de braço, Tulio Maravilha brincou com o gol de mão que eliminou o time de Dunga nos Estados Unidos. E pediu Tite no comando técnico.

– Então a fase está tão ruim depois daquele 7 a 1 que até gol de mão foi preciso tomar para ser eliminado. Até dei uma dica que, se precisasse de um gol de mão, eu iria devolver. Sou especialista.

Era só o Dunga me chamar. Brincadeiras à parte, o futebol brasileiro precisa de uma reformulação. Precisa da mudança de técnica, de mentalidade, de filosofia… O Dunga já teve a oportunidade em 2010 e agora novamente na Copa América. Está na hora ainda de mudar. O Brasil precisa de uma nova mentalidade. O Tite é a bola de vez.

O ex-lateral Roberto Carlos, que hoje trabalha nos bastidores do Real Madrid, acha que a mudança deve seguir outra linha. Campeão do mundo com a Seleção em 2002, ele acredita que o problema está na direção da CBF e não em Dunga.

– Chegou o momento de tentarmos reformular essa Seleção no sentido, primeiro, de presidência: colocar gente  jovem para trabalhar lá. Acho que hoje temos o Zico, que pode ser o presidente da CBF. Temos o Leonardo, que também pode ser presidente.

Temos pessoas capacitadas para reformulação. Acho que o problema não é reformulação e nem mesmo o Dunga. Acho que começa de cima.

Já Ronaldo, companheiro de Roberto Carlos no penta de 2002, acha que a situação de Dunga é insustentável.

– Acho que a situação do Dunga é insustentável. A Seleção precisa de mudanças. Teremos Olimpíada daqui a pouco e precisaremos dar uma resposta à altura do nosso futebol – completou o Fenômeno, em entrevista ao Jornal Nacional.

Amazonianarede-GE

 

 

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