Calha do Juruá, AM – Depois dos problemas provocados pela enchente no Rio Juruá, chegam os que são trazidos pela vazante do rio, afetando enormemente a navegação e causando sérios prejuízos à cidade, que depende da navegação de quase tudo,inclusive para o abastecimento.
As dificuldades para a navegação no estreito, raso e sinuoso rio Juruá, provocam algumas providencias para que a navegação não pare na região. Uma dessas artimanhas é adaptar as chamadas “rabetas os “motores rabetões” como são chamados, instalados na popa dos barcos
ao invés dos motores de centro, para que com o controle manual, a navegação possa ser feita com muitas dificuldades, mas com certa tranquilidade e assim a vida segue nos municípi0os situados na calha do Juruá.
Na época da vazante, a população da região, inclusive com o desabastecimento, considerando tudo depende da navegação com reflexos extremamente negativos para frágil economia da região;
Temor dos pescadores
Os pescadores temem que a região do Vale do Juruá possa ficar completamente desabastecida de pescado, já que a vazante da principal bacia hidrográfica da região é de causar espanto.
Alguns profissionais da pesca acreditam que essa seja a maior vazante do Rio Juruá de todos os tempos, como é o caso do pescador Francisco da Silva Lebre, 44 anos, ao relatar que em certas extensões é possível atravessar o leito do rio caminhando.
A navegação nesta época pode ser arriscada. Segundo o presidente da Colônia de Pescadores do município, Elenildo de Souza, pelos menos três barcos já foram alagados ao colidirem contra troncos de árvores que ficam de forma invisível, mas bem próximos a superfície da água. “Na maior parte da viagem os barcos são arrastados para ultrapassar bancos de areia e árvores”, comenta o pescador Avelino Serra Barbosa, 50 anos.
Segundo o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) a baixa umidade do ar e a alta temperatura causada pelo aquecimento global em virtude dos desmates e das queimadas, está contribuindo com a vazante dos rios da região, principalmente porque as matas ciliares já foram destruídas. Amazonianarede-Tribuna do Juruá