Manaus – A construção da torre de observação do Musa vai revelando, aos poucos, imagens disponíveis apenas em publicações científicas. É o caso de lagartos arborícolas que vivem até 35 metros acima do solo. A torre, de 42 metros de altura, ainda não está aberta a visitação pública.
De acordo com o Guia de Largatos da Reserva Ducke, publicado pelo INPA os lagartos da foto são exemplares de Uracentron azureum azureum, da família Iguanidae, sub-família Tropidurinae.
Segundo a publicação, essa espécie ocorre em grande parte da Amazônia, enquanto a subespécie é restrita ao Suriname, Guiana Francesa e à parte leste da Amazônia brasileira, estendendo-se a oeste até Manaus.
A cauda é espinhosa e mais curta que o comprimento rosto-cloacal. Não possui crista dorsal. Coloração verde, com bandas pretas em forma de meia-lua, as quais parcialmente unem-se formando um padrão reticulado. Superfície ventral verde claro ou amarela.
Nenhuma outra espécie semelhante da Reserva tem uma cauda espinhosa e mais curta quer o comprimento rostro-cloacal.
Os dados sobre a espécie são escassos. Arborícola, provavelmente vive em cavidades de árvores e parece depositar dois ovos por postura.
Financiada com recursos do Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a torre foi concebida para ser uma plataforma de contemplação, mas também de estudos sobre o microclima, fauna e flora em diferentes níveis da floresta.
Construída para permitir uma subida confortável e segura, tem sete pilares e três plataformas. Os 242 degraus são construídos em aço especial, galvanizado, bastante resistente a chuva, ao calor e à umidade natural da região.
A torre está sendo instalada a cerca de 500 metros da entrada do Jardim Botânico. Para os que gostam de altura, um detalhe: a árvore mais alta no entorno da torre tem 33 metros. Ou seja, em sua plataforma, a torre vai garantir uma visão panorâmica acima da copa das árvores.
Com informações do MUSA




