Manaus – O Teatro Experimental do Sesc (Tesc) abre o 9º Festival de Teatro da Amazônia, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SEC), em parceria com a Federação de Teatro da Amazonas (Fetam), nesta segunda (8), às 20h, no Teatro Amazonas.
A peça “Isabel do Brasil”, dirigida pelo dramaturgo Márcio Souza, é a primeira de oito montagens que disputam a categoria Adulto do festival. Já a categoria Infanto juvenil, também com nove peças, será aberta nesta terça-feira (9) com “O Rico Avarento”, de Daniel Mazzaro. Os espetáculos infanto juvenis serão apresentados sempre às 10h e os adultos às 20h, no Teatro Amazonas, até o próximo dia 16. Os ingressos custam R$ 10 (estudantes pagam meia-entrada).
Este ano o festival inovou no quesito premiação. Haverá apenas o Prêmio Circulação e os Prêmios Especiais. No primeiro, serão escolhidos os quatros melhores espetáculos para realizar uma turnê, independente da categoria Aduto ou infanto juvenil. O tour passará por uma capital brasileira e dois municípios do Amazonas.
Já os Prêmios Especiais serão definidos pelos jurados para quantos profissionais ou espetáculos os jurados acharem interessantes e quais categorias eles achem válido premiar, tais como melhor atriz, melhor trilha sonora, melhor pesquisa, entre outros. “Não há aquela obrigatoriedade de escolher o melhor de cada categoria pois essas categorias foram extintas. Caso haja um ator que se destacou e chamou a atenção dos jurados, por exemplo, ele poderá ser premiado. Se nem ator se destacou, então não haverá prêmio nessa área”, explica o diretor geral do evento, Dyego Monnzaho.
Ao todo, foram inscritos 29 montagens teatrais que passaram por uma curadoria formada por nomes de destaque no cenário nacional das artes cênicas. Todos os curadores vieram de outros Estados, uma forma de dar mais imparcialidade à seleção.
Além das apresentações, O 9º FTA conta com ações formativas como seminários, debates, oficinas e workshop e programações alternativas.
Sinopse “Isabel do Brasil”
Uma das mulheres mais poderosas das Américas, uma entre as nove mulheres que governaram no século XIX, é a Princesa Isabel. Através do confronto entre a atriz designada para o papel, negra e jovem, obrigada a interpretar uma mulher branca e da aristocracia, a autora Maria José Silveira vai reconstruindo a personalidade complexa, discreta e ao mesmo tempo decidida, de uma mulher que nas suas três passagens pelo poder no Brasil, enfrentou momentos cruciais de nossa história.
Ao mesmo tempo em que a vida de Isabel se desenrola muitas vezes em suas próprias palavras, vemos a estreita ligação do poder imperial brasileiro com a extensa rede de parentesco que ligava a Casa de Bragança ao cerne do poder mundial na época. Isabel viveu num mundo que começou a ruir no Brasil com a libertação dos escravos e que termina de forma trágica com a Primeira Guerra Mundial. No entanto, mesmo pagando caro pelo ato de assinar a Lei Aurea, Isabel diria mais tarde: “Valeu perder o trono por isso”.
Ficha técnica
“Isabel do Brasil”
Texto: Maria José Silveira
Direção: Márcio Souza
Elenco: Tesc;Carla Menezes
Iluminação: Dimas Mendonça
Cenografia e Figurino: Oscar Ramos
Coordenação de palco e produção: Robson Ney Costa
(Fonte:Sesc)