Suspeito do assassinato da advogada confessa dezenas de homicídios

O suspeito confessou à Polícia, mais de 30 hoicídios

 

O suspeito confessou à Polícia, mais de 30 hoicídios
O suspeito confessou à Polícia, mais de 30 homicídios

Manaus, AM – O suspeito de matar a advogada Mara Inês Ribeiro Lima, 49 anos, foi preso durante operação articulada pela Polícia Civil, em Manaus.

Em depoimento à polícia, o detento do semiaberto Leonardo Elias Nahmias de Oliveira, de 35 anos, confessou que matou por ciúmes após ter sido trocado por outro homem. A polícia afirmou que ele confessou ter matado outras 38 pessoas em diversos estados brasileiros. Ele seria namorado e cliente da advogada.

Além dos homicídios, Leonardo conhecido como “Pezinho”, é suspeito de estupro e roubo de uma idosa de 67 anos, em julho, em Manaus.

corpo de Mara Inês foi encontrado na quarta-feira (3), na entrada do Ramal Praia Dourada, no bairro Tarumã, Zona Oeste. A advogada estava em uma área de mata, com perfurações no pescoço e os pés amarrados.

A prisão do suspeito ocorreu por volta das 15h, de segunda-feira (8), durante operação da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) e a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O homem foi encontrado na Praça 15 de Novembro, Zona Sul.

Em depoimento à polícia, Leonardo afirmou ter vivido um relacionamento amoroso com a advogada, mas a relação teria ficado abalada e chegado ao fim, no momento em que Mara Inês trocou Leonardo pelo foragido da justiça Weliton Barros Miranda, de 25 anos, “Pastel”.   Leonardo revelou que começou a sentir ciúmes da aproximação de Mara Inês com “Pastel”. Inconformado com o fim do relacionamento, o pistoleiro resolveu matar a advogada.

“Ele diz que matou por ciúmes, mas não parece crível esta versão de ciúmes. Tendo em conta que ele é um criminoso altamente perigoso. O cidadão tem dezenas de crimes de homicídio, como ele próprio relatou, já matou 38 pessoas. É estuprador, é pistoleiro, latrocida e vai se abater por ciúme? Não nos parece crível esta afirmação. Vamos seguir com a investigação até o prazo”, disse o delegado da DEHS, Ivo Martins.

Para o delegado Adriano Félix, Leonardo contou detalhes de como planejou o crime. Ele afirmou ainda que não conhecia o suposto pivô da separação do casal, o “Pastel”.

“Ele alega que encontrou com ela ao meio dia em um hotel no Centro da cidade. Ele estava com ciúme, tendo em vista que ela estava com outro indivíduo e ele não aceitava o fim do relacionamento. A partir daí resolveu matá-la. Eles já se falavam há três meses, desde a época do presídio. Ela se encontrava com ele escondido, tendo em vista que ele era comprometido”, disse o delegado.

Latrocínio

Apesar de Leonardo apontar o ciúme como a motivação do homicídio, a polícia não descarta a possibilidade de latrocínio – roubo seguido de morte. “O suspeito levou tanto ao veículo da vítima, R$ 300 e alguns pertences”, afirmou Adriano Félix.

Weliton Barros Miranda, 25 anos, – o suposto pivô da separação – também foi preso. Ele irá permanecer detido por 30 dias, para auxiliar nas investigações do caso.

O delegado Ivo Martins adiantou ainda que novas provas apontam para a participação de um terceiro envolvido, que ainda não foi preso. “A participação não está descartada. Assim como o Leonardo, o Weliton é extremamente perigoso. A investigação precisa ser aprofundada. Temos a confirmação de outra pessoa que participou desse crime”, disse Martins.

Durante coletiva de imprensa, Leonardo não quis falar sobre as acusações. “O que tenho para falar é que estou arrependido. Só isso”, disse.
OAB-AM
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Amazonas  (OAB-AM), Marco Aurélio Choy explicou que a instituição irá acompanhar as investigações e a fase processual do inquérito.

“O processo deve ir ao tribunal do júri, a OAB vai se habilitar nesse processo como assistente de acusação. É do nosso interesse defender e salvaguardar a vida dos advogados, aqueles que defendem a vida do cidadão”, disse.

Dezenas de estupros
Leonardo afirmou à polícia que praticou 38 homicídios em vários estados brasileiros. Ele também respondia por um estupro no Amazonas.

“Ele é de Manaus, mas se criou no crime em São Paulo. Segundo ele, já praticou 38 crimes de homicídios em São Paulo, São Carlos. Vamos checar”, disse Ivo Martins.

No Amazonas, ele foi condenado a 22 anos, 1 mês e 1 dia de prisão por latrocínio. Leonardo cumpriu 12 anos da pena em regime fechado e seguia em condicional do regime semiaberto no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Contudo, no dia 4 de julho de 2016, ele saiu em liberdade e não retornou para o regime.

No momento da apresentação, Leonardo recebeu voz de prisão pelos crimes de estupro e roubo. De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (DECCI), Ivone Azevedo, Leonardo é suspeito de estuprar de uma idosa de 67 anos, no dia 22 de julho.

A vítima era proprietária da quitinete alugada por Leonardo. A agressão ocorreu na tarde de 22 de julho, no momento em que Leonardo devolvia o apartamento.

“Ele se aproximou da idosa, esperou o filho dela sair. Entrou na casa sem ser convidado, deu uma gravata nela, levou-a para o quarto e depois a amordaçou e esganou. Em seguida, ele a amarrou na cama, estuprou e roubou. Ele só não matou porque ela não reagiu, mas ela ficou muito machucada”, contou Ivone.

No final do ato, Leonardo obrigou que a idosa tomasse banho. “Ele acompanhou o banho. Mesmo assim foi encontrado material genético dele. Ele sempre pedia que suas vítimas se lavassem após o ato”, explicou.

Segundo a delegada, Leonardo agia da mesma forma com todas as vítimas. “Ele tentava ganhar a confiança delas. Com a idosa, ela a chamava de mãe, demonstrava um carinho pela vítima”, disse.

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