Show emocionante do Caprichoso encerra a 1ª noite do Festival na ilha

O Boi Caprichoso, na cor azul, tem 24 títulos no Festival de Parintins

Parintins, AM – Com o tema “A Poética do Imaginário Caboclo”, o Caprichoso escolheu “Tecedura” como subtema para a primeira noite do Festival Folclórico de Parintins. O Touro Negro se apresentou depois do Garantido, que abriu os trabalhos da festa cultural este ano, e fechou a noite com direito a um desaparecimento em plena Arena, truque de ilusionismo feito de maneira inédita.

E para abrir a apresentação, o Caprichoso escolheu uma música que retrata bem a alma caboclo. “Saga de um Canoeiro” foi interpretada pelo apresentador Edmundo Oran, que entrou em uma canoa que “voou” sobre o Bumbódromo, vindo de um guindaste de aproximadamente 80 metros. Sob a canoa, veio a Marujada de Guerra

“Tecedura – Gênese da Cultura Cabocla”, também foi o nome da primeira alegoria, a exaltação folclórica com assinatura do artista Juarez Lima. A grandiosa alegoria, com vários módulos, trouxe o Caprichoso no seu interior, surgindo na palma da mão direita da Cobra Onorá, um ser aquático que representava o olimpo submerso.

Após a evolução do bumbá, o amo do boi Prince do Caprichoso tirou seu primeiro verso, seguido pela entrada da Sinhazinha da Fazenda, que estava em uma canoa que compunha o cenário da exaltação folclórica. A alegoria, ao abrir para que Valentina saísse, aparentou um problema, que precisou da intervenção de funcionários do Caprichoso.

Na evolução de Valentina, várias pequenas sinhazinhas apareceram, o amo do boi fez um verso lembrando que Valentina é bisneta de Roque Cid, fundador do Touro Negro. A galera azul e branca respondeu, jogando leques em homenagem ao item feminino.

A toada letra e música,`’A Poética do Imaginário Caboclo’, foi defendida por David Assayag acompanhado por um coral em libras, que dançava e fazia a tradução simultaneamente.

Assim como o Garantido, o Caprichoso também apresentou nesta sexta-feira uma representação cênica do Auto do Boi, que empolgou a torcida azulada.

A Rainha do Folclore Brena Dianná foi mais uma a aparecer vindo de um guindaste, e evoluiu com o brilho e a garra costumeira. Em determinado momento, ela chegou a subir as escadas para dançar em frente à galera.

O pajé Neto Simões surgiu em meio à apresentação das tribos do Caprichoso e chegou a fazer um clamor pelos povos indígenas ao som da toada clássica Unankiê. `Para Não Dizer que Não Falei das Flores’, de Geraldo Vandré, foi citada pela parte musical do bumbá neste momento.

A cultura regional e principalmente o imaginário amazônico que despertou o interesse dos navegadores foi representado na Lenda Amazônica “Templos de Ouro”.

A busca dos europeus pela Cidade Manôa, a chamada cidade de ouro, o eldorado, inspirou o  Márcio Gonçalves a levar para Arena uma alegoria grandiosa onde o dourado foi predominante e a representação dos deuses indígenas. A alegoria trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque. Veja na sequência de fotos de Euzivaldo Queiroz.

A herança cultural dos estrangeiros foi revisitada na terceira alegoria. A Figura típica Regional trouxe uma réplica do “Cine Teatro Brasil de Parintins”, construído na ilha logo após a 2ª Guerra Mundial pelo judeu Elias Assayag, o italiano Orestes Dantona e o alemão projetista Padre José Victor HeinzDa alegoria, surgiu a porta-estandarte, que veio suspensa em um pássaro.

O Caprichoso encerrou sua apresentação em alto estilo. Já depois das 3h de sábado, o bumbá apresentou o Ritual Antropofágico, em uma alegoria do artista Júnior de Souza. Depois de um show de iluminação, ousadia e até suspense, o pajé Neto Simões brilhou ao fazer um indígena “desaparecer” em plena arena.

O ponto alto da apresentação fez parte das surpresas promovidas pelo ilusionista Issao Imamura, contratado pelo Touro Negro para contribuir na apresentação.

Amazonianarede-JI

 

 

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