Servidores apresentam ao comitê de busca expectativas sobre o novo diretor do Inpa

03-06inpa1Manaus – Experiência comprovada na Amazônia, capacidade de diálogo, respeito às competências da equipe técnica e científica, competência na captação de recursos de grandes vultos, maior transparência e agilidade aos processos, além da busca de sinergia com outros institutos de pesquisas. Essas são algumas das características ressaltadas pelos servidores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) em reunião, nesta segunda-feira (2), com o Comitê de Busca, que auxilia o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, na escolha do novo diretor do Inpa.

A reunião com os servidores antecedeu a apresentação pública dos seis candidatos – Wanderli Tadei (Inpa), Luiz Carlos Dionísio (Amicus Ltda/MG), Luís Renato França (UFMG), Antônio Manzi (Inpa), Luís Antônio de Oliveira (Inpa) e Estevão Monteiro de Paula (Inpa) -, de seus planos de trabalho, de visão de futuro para o Inpa e das entrevistas privativas do comitê com os candidatos.

O comitê é responsável por elaborar uma lista tríplice a ser encaminhada ao Ministro do MCTI, que vai escolher o novo diretor. O mandato é de quatro anos. “É importante ouvir vocês que são o dia a dia da instituição, o que esperam de um diretor, a expectativa de atuação para um novo diretor”, destacou a presidente do Comitê de Busca, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader.

Para a pesquisadora do Inpa, Rita Mesquita, que falou com uma “porta-voz” das coordenações das pós-graduações, de líderes de grupos de pesquisa, curadorias, pesquisadores e bolsistas de produtividade, há um reconhecimento do altíssimo nível do comitê e de que o momento é “extremamente saudável”, especialmente pela possibilidade de avaliar os planos dos candidatos.

“É muito importante que o nosso novo diretor conheça a Amazônia, tenha experiência em captação de recursos, valorize a pesquisa científica em todas as suas nuances, tenha atuação comprovada na formação de recursos humanos e entenda a importância de transferir os conhecimentos para a sociedade”, disse Mesquita. “E, ainda, precisa ser um articulador entre as instituições, que coloque a lei da harmonia e do respeito entre todos como uma prioridade e que seja sempre aberto ao diálogo”, complementou a pesquisadora.

Para o pesquisador Niro Higuichi, o novo diretor também precisa ter habilidade e “boa interlocução regional”. Já o pesquisador Renato Cintra destacou a necessidade do Inpa crescer muito mais e de “desenvolver o pós-doutorado no Instituto”. O pesquisador Johannes Leeuwen destacou que uma pessoa de fora tem algumas vantagens por não estar atrelado a ninguém de dentro, se estiver condições igualdade com os demais candidatos. Já a analista em C&T Fernanda Morais cobrou que a nova gestão defina na prática o papel dos analistas em C&T, que já está definido pelo MCTI.

Ainda fazem parte do Comitê de Busca, os professores doutores Aldo Malavasi, presidente da Biofábrica Moscamed Brasil (BMB); Jacob Palis Junior, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Jorge Almeida Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Thomaz Nogueira, superintendente da Zona Franca de Manaus, o único da região. O mandato de atual diretor do Inpa Adalberto Val termina em meados de junho.

“Os documentos dizem a percepção de cada candidato e essas intervenções nos apresentam ponto de vista bem diversos das pessoas que representam os setores. Elas nos ajudarão a refletir”, contou o presidente da Capes, Jorge Guimarães, destacando que o novo diretor precisa ter “muito apoio do ministro”. “É ali que vai fazer as principais reivindicações de orçamento, reposição de quadro, e o pós-doutorado é fundamental nessa questão”, acrescentou.

Guimarães revelou que já estava articulando com o diretor atual, Adalberto Val, um acordo entre o Inpa e a Capes, que visam o pós-doutorado, com reforço nos programas de pós-graduação, o fortalecimento das atividades de pesquisa e atração para o Inpa de uma liderança mais efetiva juto aos países da Amazônia. “Vamos esperar o novo diretor para dar continuidade nesse conjunto de ação induzida, que já fizemos com outras instituições como o Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada)”, contou.

No fim da tarde, os membros preparam a ata final dos trabalhos e da documentação que será entregue ao ministro. “Pretendo entregar essa lista tríplice amanhã (terça-feira) ao ministro, pois estarei em Brasília para uma reunião e vou aproveitar para fazer isso”, disse Nader.

Candidatura

De acordo com o MCTI, podiam concorrer ao cargo de Diretor do Inpa quaisquer pesquisadores ou tecnologistas brasileiros ou naturalizados que atendam aos requisitos básicos, como competência profissional reconhecida, visibilidade junto à comunidade científica e tecnológica, experiência administrativa e capacidade de promover a agregação entre os funcionários do Inpa, visão de futuro para a instituição e empenho no desenvolvimento integrado científico e tecnológico do País.

Também é esperado do candidato capacidade de tratar problemas políticos relacionados com a unidade, experiência em cooperação nacional e internacional, motivação para enfrentar novos desafios e compromisso com a execução do Plano Diretor do Inpa 2011-2015.

Por: Cimone Barros – Ascom Inpa

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