Seca obriga a Marinha a restringir a navegação em trechos no Rio Madeira

O Madeira é importante para economia regional e nesta época, a navegação precisa ser feita com mais cuidados

 

A seca no Rio  Madeira, altera a navegação entre Manaus e Porto Velho
A seca no Rio Madeira, altera a navegação entre Manaus e Porto Velho

Amazônia – A Marinha do Brasil restringiu a navegação em alguns trechos do Rio Madeira situados entre o Amazonas  e o estado de Rondônia em razão da seca. O órgão informou que a vazante pode resultar em período crítico na navegação entre os dias 26 de julho a 1º de agosto.

O alerta ocorreu após inspetores navais da Delegacia Fluvial de Porto Velho identificarem pontos críticos que prejudicariam a navegabilidade, especificamente nas proximidades de Humaitá, a 671 km de Manaus.

A navegação noturna para comboios de embarcações está suspensa no trecho do Rio Madeira, entre a cidade de Porto Velho (RO) e o distrito de Calama (RO) desde o dia 13 de julho. Entre as cidades, calcula-se que a profundidade do rio seja inferior a 4 metros. No trecho entre Humaitá e Porto Velho, as embarcações devem ter cuidado nos decursos correspondentes às travessias do tamanduá, dos papagaios e de curicacas.

Na travessia dos papagaios, por exemplo, a equipe registrou profundidade atual de cerca de 3,6 metros. Em curicacas, a profundidade local chega a marca de 3,8 metros. A travessia do tamanduá apresentou profundidade mais rasa, com cerca de 2,7 metros. Diversos bancos de areia foram encontrados nesses trechos, o que pode resultar em acidentes.

Com base nas informações, a Marinha emitiu um ofício destinado a empresas de navegação que suspende a navegação noturna de comboios entre Porto Velho e o distrito de Calama (RO), além de recomendar atenção redobrada para os navegantes, inclusive no período diurno.

O Madeira é importante para economia regional e nesta época, a navegação precisa ser feita com mais cuidados
O Madeira é importante para economia regional e nesta época, a navegação precisa ser feita com mais cuidados

O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) recomendou atenção redobrada às organizações do setor de transporte aquaviário. Em nota, o presidente da base, Galdino Alencar Júnior, pontuou que se houvesse dragagem periódica, as condições de navegabilidade não seriam prejudicadas.

Dragagem

A dragagem do Rio Madeira, no trecho entre o Amazonas e Rondônia está prevista para setembro, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Segundo o departamento, o processo licitatório iniciado no primeiro semestre deste ano, no valor R$ 81.825.643,70, ainda está sendo finalizado.

O trecho a ser desobstruído vai da capital de Rondônia até o município de Itacoatiara (AM) e tem valor estipulado em 1.086 km de extensão. Os serviços serão realizados com maior periodicidade durante 60 meses.

O Rio Madeira é um dos principais corredores logísticos do país e integra o Arco Norte. Pela Hidrovia do Madeira ocorre o escoamento da produção agrícola, principalmente soja e milho de Mato Grosso e Rondônia, e insumos como combustíveis e fertilizantes, com destino a Porto Velho e Manaus.

Amazonianarede-JAM

 

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