Seap isola membros de facção para evitar novas rebeliões

Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais do lado de fora do Compaj, em Manaus (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)

 

Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais do lado de fora do Compaj, em Manaus 

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), isolou os membros do PCC do restante da população carcerária, em todos os 11 presídios do estado.

A informação foi confirmado pelo secretário de segurança pública do Amazonas, Sérgio Fontes, após alterações serem registradas em tres presídios de Manaus, em menos de 24 hs.

A decisão ocorreu após presos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e do Instituto Penal Antônio Tridade (Ipat) registrarem alterações na manhã desta segunda-feira (2). No domigo (1º), cerca de 60 detentos morreram em uma rebelião no Complexo Penitenciário Antônio Jobim (Compaj), após o maior massacre do sistema prisional do Amazonas.

Segundo Sérgio Fontes, a medida de separar o PCC da FDN (Família do Norte) é uma medida cautelar para “preservar vidas”. Temporariamente ele [secretário de administração penintenciária] está segregando os presos supostamente ligados ao PCC, para que não haja outras rebeliões para alcançá-los e matá-los. Isso é totalmente coreto, para que não tenhamos novas convulsões desse tipo”, disse.

A Secretária de Administração Peninteciária estuda a transferência de alguns membros do PCC para a a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, que havia sido desativada em 2016.

Rebeliões

A rebelião no CDPM ocorre poucas horas após o fim do motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que durou mais de 17 horas e resultou em pelo menos 60 mortes –  segundo o secretário estadual de Segurança, Sérgio Fontes, o “maior massacre do sistema prisional do Amazonas”.

Tanto o Compaj quanto o CDPM estão localizados na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). No domingo (1º), a Seap registrou rebelião e fuga de 87 presos no Ipat. De acordo com o governo, a ocorrência tem relação com a rebelião no Compaj.

Na rebelião ocorrida no Compaj, foram mortos presos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e condenados por estupro. Segundo o secretário, facção rival Família do Norte (FDN) comandou a rebelião, que “não havia sido planejada previamente”. “Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico”, afirmou.

Amazominarede-G1

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