Saúde em Roraima: Promotora diz que não se percebe melhorias

Investimentos ainda não foram sentidos
 Investimentos ainda não foram sentidos
Investimentos ainda não foram sentidos

Boa Vista, RR – Três meses depois de o governador Chico Rodrigues (PSB) ter decretado estado de emergência na saúde e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) anunciado investimentos de mais de R$ 70 milhões no setor, a promotora de Justiça de Defesa da Saúde do MPRR, Jeanne Sampaio, disse que os investimentos ainda não foram sentidos na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth e nem no Hospital Geral de Roraima (HGR). A afirmação ocorreu na manhã de ontem, momentos antes de iniciar a audiência pública convocada pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) com órgãos ligados à saúde para discutir os problemas do HGR.

“A precariedade ainda é muito grande nas unidades de saúde, em especial no HGR, onde sempre estamos visitando. A precariedade ainda é muito grande não só no hospital, mas também no setor da emergência, que é a porta de entrada do hospital”, frisou a promotora de justiça. “Muita coisa precisa ser feita ainda”.

Ela informou que tanto na maternidade quanto no HGR existem obras em andamento e outras paralisadas e o MPRR quer saber em que fase estas obras estão, quem são as empresas responsáveis e quando estarão disponíveis para a população. “Algumas obras estão demorando muito para acontecer e não podemos esperar. Vamos acompanhar esta situação não só nesta audiência, mas também em outros momentos”, frisou.

Ela disse que essa segunda audiência foi motivada em decorrência da grande quantidade de denúncias protocoladas por pacientes do HGR, bem como pelas irregularidades sanitárias, conforme relatórios apresentados ao MPRR pelo Departamento Estadual de Vigilância Sanitária. “Essa audiência é a continuidade do trabalho que estamos desenvolvendo para melhorias nas maiores unidades de saúde no Estado e discutir políticas de atenção à saúde, além de mapear os problemas que foram apontados pelo CRM e Vigilância Sanitária, que são órgãos fiscalizadores, buscar soluções para estes problemas e que a população possa ter um melhor atendimento”, frisou.

A promotora ressaltou a necessidade de adoção de medidas pela gestão estadual do SUS quanto ao atendimento da legislação pertinente ao funcionamento do HGR. No encontro, Jeanne apresentou medidas adotadas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, com o propósito de chamar a responsabilidade para as soluções necessárias para o bom funcionamento do HGR. “Depois da primeira audiência sobre os problemas da maternidade, já sentimos alguns avanços. As obras estão acontecendo. Mas nosso trabalho é permanente e vamos continuar acompanhando para ver essas mudanças acontecerem e se outras serão necessárias”, destacou.

LEITOS E REMÉDIOS

Para a promotora de justiça de Defesa da Saúde, Jeanne Sampaio, a preocupação maior detectada pelos órgãos fiscalizadores, tanto na Maternidade quanto no HGR, é a falta de leitos hospitalares e o desabastecimento crônico de medicamentos. “Isso tem causado problemas dos mais variados, não só para a população e para os usuários, mas também para as equipes que trabalham nestas unidades, que fazem malabarismos para tentar resolver a situação que se apresenta no dado momento”, frisou. “Mas, além disso, precisamos de melhor organização nos serviços, quer seja na questão sanitária, como na de gestão de recursos humanos”.

Quanto a prazos para que os gestores possam apresentar resultados das medidas discutidas, a promotora disse que por se tratar do HGR, que é uma unidade de referência de média e alta complexidade, não foi estipulado um prazo, mas que haverá o acompanhamento das ações. “Nesta audiência, vamos ouvir as sugestões, os problemas e as soluções apresentadas para, posteriormente, verificar um melhor prazo para ter estes problemas superados”, frisou.

CHUVA

Embora não estivesse na pauta da audiência de ontem, a promotora disse que também seria discutida a questão do alagamento que tomou conta de alguns setores do HGR durante a chuva do início da noite desta segunda-feira. “Vamos aproveitar para discutir o problema do alagamento e tentar propor soluções para que isso não volte a acontecer e causar transtornos como foi visto esta semana”. (R.R)

Fonte: Folha BV

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