São Gabriel da Cachoeira, onde as águas brigam com as pedras com o testemunho da Bela Adormecida

Amazonianarede – Redação

S. Gabriel da Cachoeira, AM – Com uma população de aproximadamente 95% indígena, o município de São Cachoeira, fundado em 1762, no alto Rio Negro, é considerado por muitos que conhecem o lugar com um dos mais belos da Amazônia, face a sua exuberante natureza e topografia espetacular, por isso, ainda que muito distante de Manaus, lá na fronteira com a Venezuela e Colômbia, começa a ser olhado com carinho pelos turistas, especialmente os que gostam da natureza.

Hoje o município aparece com um bom grau de desenvolvimento socioeconômico em função da chega por lá há cercos de uma guarnição do Exercito Brasileiro e com isso, o progresso avançou, dando nova vida a cidade e aos seus habitantes.

A cidade conta com boas escolas, hospital, comercio forte, hotéis e outras coisas mais, em condições de receber os visitantes que não estão a procura de nenhum hotel cinco estrelas no interior do Amazonas, mas sim, com o objetivo maior de apreciar as suas belezas naturais,lideradas pela corredeira das águas contras as pedras em frente a cidade e olhando para o morto denominado de A Bela Adormecida no Bosque, pelo seu formato à distância de uma mulher deitada.

Turismo 

Distante de Manaus 858 quilômetros, São Gabriel da Cachoeira é visto pelos especialistas do ramo como um dos maiores potenciais turísticos do Amazonas.

Além de diversas praias e cachoeiras, a cidade possui serras e ilhas fluviais, que fazem do município um local ideal para ecoturismo. Na lista das praias, merece destaque a do Mussum Cuara.

Segundo conta a lenda, o lugar abriga uma cobra adormecida e quem ali morre afogado acaba servindo de alimento para o animal. Crendices à parte Mussum Cuara é um ponto de encontro de moradores e turistas, especialmente aos domingos, e proporciona aos visitantes lazer em meio à natureza. Já na Praia do Jaú, crianças e adolescentes se reúnem no final da tarde para desceram as corredeiras com bóias improvisadas de pneus.

O lugar é também uma boa pedida para aqueles que querem se sentar e apreciar as serras de Curicuriari.

Outra opção para o turista é conhecer as principais ilhas da região, entre elas, Adana, dos Reis, Buia-Cuara, do Cuaty e Maywa Kaapuon (ilha do majuba).

Destaque para a Ilha Adana, localizada próxima à margem da cidade. Durante o período da seca do rio pode-se fazer passeios de voadeira até ela. Próximo à Adana, são encontradas duas fortes correntezas. Conta a lenda que as duas corredeiras, Buburi e Curucui, representavam dois bravos índios guerreiros que disputavam o amor da linda índia Adana.

Como ela havia fugido com Curucui de canoa, Buburi foi atrás do casal e os alcançando no meio do rio se alagaram e morreram afogados, e seus corpos se transformaram nas respectivas corredeiras. A índia Adana, que se afogou no meio de seus pretendentes, teria se transformado numa ilha, que recebeu seu nome.

Para os turistas com maior espírito de aventura, é bom conhecer a serra da Bela Adormecida do Bosque, formada por vários pequenos morros e para isso, a cidade oferece excursões, isto para quem gosta de um turismo de aventura e nas alturas, de onde poderá vislumbrar um grandioso espetáculo de ver do alto a serva amazônica e a briga constante das águas do Negro com as pedras que tomam conta da frente da cidade. Certamente, um grandioso espetáculo produzido pela natureza.

Artesanato

Cada grupo étnico é especializado na produção de objetos de arte e utilitários determinados. os bancos de madeira, por exemplo, são representativos da arte do tucano, enquanto os baianos e raladores de mandioca ficam por conta dos dessana e dos baniwa.

No rio Tiquié, os tuyuca e os baré destacam-se como os melhores construtores de canoas e artigos de primeira necessidade. Já os aku são artesãos das flautas de plã, dos aturas de cipó e dos artefatos de arumã.

Mas apesar das diferenças entre os grupos étnicos, o artesanato local é marcado em geral por pilões, peneiras de cipó, cestos de palha, colares e pulseiras de contas e penas coloridas de aves, entre outros objetos.

Festribal e Cucuí

Durante três dias no mês de setembro, acontece tradicionalmente o Festival Cultural das Tribos do Alto Rio Negro (Festribal).

A programação da festa inclui danças, rituais, atividades esportivas e comidas típicas da culinária indígena e tem como objetivo a revitalização das tradições culturais dos povos do Alto Rio Negro. Geralmente o evento acontece entre os dias 5 e 9 de setembro.

Na BR-307, a caminho do distrito de Cucuí, uma placa indica por onde passa a linha imaginária do Equador, que divide a terra nos hemisférios Norte e Sul

O acesso a partir de São Gabriel da Cachoeira pode ser feita de carro, moto, bicicleta ou até através de uma longa caminhada.

Lá, em Cucuí, onde também existe uma base militar do Exercito Brasileiro, o turista poderá ficar maravilhada com a beleza da Pedra de Cucuí, praticamente um marco fronteiriço do Brasil.

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