Rondônia recolhe 63% das embalagens de agrotóxico

12-09roPorto Velho, RO – Entre janeiro e agosto de 2014, o Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas) encaminhou para a destinação ambientalmente correta 286 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas em Rondônia.

O número alcançado representa um crescimento de 63% em relação a 2013, percentual bem acima dos 9% registrados em nível nacional.

O sistema é formado por agricultores, fabricantes – representados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV) -, canais de distribuição e poder público. O estudo realizado pelo inpEV aponta que, de janeiro a agosto, foram retiradas do meio ambiente mais de 31 mil toneladas do material em todo o País.

As embalagens de defensivos agrícolas são classificadas em dois grandes grupos: laváveis e não laváveis.

As embalagens laváveis são rígidas (plásticas, metálicas ou de vidro) e servem para acondicionar formulações líquidas para serem diluídas em água. Entre as embalagens rígidas, as plásticas predominam. As metálicas, geralmente representadas pelos baldes de folha de aço, representam apenas 10% de todo o volume de embalagens de defensivos agrícolas.

As embalagens não laváveis são aquelas que não utilizam água como veículo de pulverização, além de todas as embalagens flexíveis e as embalagens secundárias. Estão nesse grupo sacos de plástico, de papel, metalizados, mistos ou feitos com outro material flexível; embalagens de produtos para tratamento de sementes; caixas de papelão, cartuchos de cartolina, fibrolatas e, ainda, embalagens termo moldáveis que acondicionam embalagens primárias e não entram em contato direto com as formulações de defensivos agrícolas.

No Brasil, 95% das embalagens vazias de defensivos agrícolas colocadas no mercado são as do tipo lavável e podem ser recicladas, desde que corretamente limpas no momento de uso do produto no campo. Os 5% restantes são representados pelas embalagens não laváveis. As embalagens contaminadas por não terem sido lavadas adequadamente também são incineradas.

A legislação brasileira determina que todas as embalagens rígidas de defensivos agrícolas devem ser submetidas a um processo de lavagem. Essa prática reduz os resquícios do produto na embalagem, impedindo que esses resíduos sequem e, assim, contaminem a própria embalagem. Além disso, os procedimentos de lavagem, quando realizadas durante a preparação da calda, garantem a utilização de todo o produto, evitando tanto o desperdício como a contaminação do meio ambiente.

A lavagem é indispensável para a segurança do processo de destinação final das embalagens de defensivos agrícolas, sobretudo quando seguem para reciclagem. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe de uma norma específica (NBR 13968) sobre embalagens rígidas vazias de defensivos agrícolas, que estabelece os procedimentos adequados para sua lavagem: a chamada tríplice lavagem e a lavagem sob pressão.

Fonte: Diário da Amazônia

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