Rio Negro chega a 28,97 m e ultrapassa a cota de emergência na capital

Negro ultrapassa a cota de emergência em Manaus
Negro ultrapassa a cota de emergência em Manaus
Negro ultrapassa a cota de emergência em Manaus

Amazonas – O nível do Rio Negro ultrapassou a cota de emergência de 28,94 metros, nesta terça-feira (19), em Manaus. Conforme medição feita no Porto da cidade, o nível do dia está três centímetros acima da cota, com 28,97 metros. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) espera que o nível máximo da cheia do Rio Negro chegue a 29,62 metros.

A Defesa Civil estima que 15 bairros e 12 comunidades rurais da capital devem ser afetados pela cheia neste ano. O bairro de Educandos, na Zona Sul, já está sendo afetado pela subida das águas.

Segundo o levantamento do Porto de Manaus, o nível nesta terça-feira é nove centímetros maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, já que no dia 19 de maio de 2014, a marca chegou 28,88m.

Na cheia de 2014, a cota de emergência foi alcançada no dia 21 de maio, quando o rio atingiu a marca de 28,96. A cota de emergência é um parâmetro que norteia as autoridades locais para ações de prevenção e apoio às famílias afetadas.

Áreas afetadas

As autoridades estão atentas para o problema
As autoridades estão atentas para o problema

Ao menos, 15 bairros poderão ser afetados durante a cheia deste ano na capital. De acordo com a previsão da Defesa Civil Municipal, o bairro Educandos será o mais prejudicado. No local, 775 famílias devem ser afetadas.

Moradores do Educandos relatam que já enfrentam dificuldades – como o contato com lixo e animais – com a subida do rio. A dona de casa Eliete Viana, de 56 anos, contou que convive há quase 30 anos com a cheia.

As águas vão invadindo bairros da cidade
As águas vão invadindo bairros da cidade

“É um sofrimento. Quando compramos essa casa, não alagava assim. Era um ano sim, outro não. Era no máximo um palmo, só que alagava do assoalho para a parede. A partir de três anos, foi começando a alagar todo ano”, relatou ao G1.

Moradora do mesmo bairro, Francisca Lima, de 38 anos, afirmou que ela e os vizinhos perdem pertences com a subida do rio. “É uma luta para gente. Quando está cheio é aquele sofrimento. Perde tudo que tem: geladeira, guarda-roupa”, disse.

O bairro São Jorge

O São Jorge é o  segundo mais afetado com uma média de 530 famílias -, Presidente Vargas, Raiz, Centro, Aparecida, Betânia, Mauazinho e Santo Antônio, também estão na lista de localidades em risco.

Além da área urbana, a Prefeitura de Manaus informou que monitora 12 comunidades na zona rural, localizadas às margens do Rio Amazonas que também podem ser prejudicadas. Em uma delas, na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, há previsão de construção de passarela.

Já em bairros como Cachoeirinha, Tarumã, São Geraldo, Colônia Antônio Aleixo, Compensa, algumas áreas no Centro e Mauazinho as pontes serão construídas pela comunidade com ajuda da Defesa Civil Estadual.

Segundo a Defesa Civil, um plano de contingência foi montado para minimizar os efeitos da cheia na capital.

Entre as ações realizadas estão a limpeza de bueiros na área central da cidade, construções de pontes e orientação de combate a doenças causadas pelo contato com a água contaminada.

As águas invadem bairros na capital
As águas invadem bairros na capital

Ao todo, 37 acessos em áreas da cidade que tradicionalmente ficam com vias submersas serão construídos. A previsão é de construção de 3.100 metros de passarelas em todos nove bairros.

Interior

No interior, mais de 20 municípios já decretaram situação de emergência e um está em estado de calamidade pública.

Amazonianarde-G1,Am

 

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