Reunião debate possível cheia do rio Madeira em Rondônia

17-12pvPorto Velho, RO – O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), realizou na tarde de ontem o Encontro Técnico “Pré-Cheia 2015”, e concedeu entrevista coletiva para tratar de uma possível cheia do rio Madeira.

Considerando que a cheia de 2013/2014 na bacia do rio Madeira foi histórica, tendo em vista que nos últimos 50 anos de monitoramento do rio nunca se teve conhecimento de uma cheia desse porte – a cota de 19,74 metros, na estação 15.40.00.00, em Porto Velho, no dia 29 de março de 2014 – o Sipam junto a entidades ligadas a Defesa Civil e ao monitoramento das águas, se uniram para tratar de estratégias para coibir danos à população e ao Estado.

De acordo com a coordenadora operacional do Sipam, Ana Strava, hoje estamos a quatro meses de uma possível cheia, e por isso os órgãos responsáveis estão se antecipando e já fazendo um diagnóstico da situação.

“Por enquanto é cedo para se fazer um diagnóstico, porém, pela previsão do Sipam, estamos trabalhando com cheias acima da média, porém dentro da normalidade, uma cheia de 15 m até o estado de emergência de 16,20 m. Mas nossa ideia é trabalhar com a meteorologia para a cada mês fazer um levantamento prognóstico, pois quando mais próximo do evento, menos erros cometemos”, relatou Ana.

As regiões que poderão sofrer com a cheia do rio Madeira, são as mesmas afetadas na cheia histórica de 2014, no entanto, os meteorologistas afirmam que a cheia do próximo ano será como as que sempre ocorrem em Porto Velho, sem causar grandes prejuízos à população. Porém, todos os rios da região de Rondônia, estão dentro da média de volume de água permitido para o período de chuvas no Estado.

Segundo Marcelo Gama, meteorologista do Sipam, como existem tratados políticos não é permitido fazer o monitoramento in loco do rio Beni, no entanto, é possível fazer um monitoramento via satélite o nível do rio, porém, um sem exatidão.

Defesa civil não acredita em nova cheia histórica

A Defesa Civil é responsável pela divulgação dos eventos e preparação das estruturas para receber a população para os eventos extremos. Contudo no momento, a Defesa Civil realizou uma fusão com a Semepe (Secretaria Municipal de Projetos Especiais) e se transformou na Sempedec (Secretaria Municipal de Projetos Especiais de Compensação e Defesa Civil), a secretaria iniciou com a aquisição de mão de obra, com técnicos em cada área, e também com o orçamento para o próximo ano.

“Muito embora a previsão seja de cheia para o ano que vem, sabemos que de acordo com o diagnóstico do Sipam, Ana e CPRM, não será como a cheia histórica desse ano”, declarou Pedro Castilho, engenheiro da Defesa Civil Municipal.

O procurador da República, Rapahel Bevilaqua, relatou que após a cheia deste ano, quando as águas retrocederam a base da estrutura que sustenta o pátio da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ficou comprometida, e após o laudo da Defesa Civil, foi ajuízada uma Ação Civil Pública, junto a Justiça Federal para que fosse feita uma barreira de contenção como plano provisório, a ação será realizada pelo Município (Funcultural), Estado e União (Iphan).

“Além dessa área, nós estamos buscando extrajudicialmente que o Ibama emita laudos das áreas atingidas pelos empreendimentos para que estes se responsabilizem pelas áreas afetadas”, pontuou o procurador.

Fonte: Diário da Amazônia

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