De acordo com a consultora do Sinduscon-AM, Cristiane Sotto Maior, a lei 672/2002, referente ao uso e ocupação do solo é uma das principais preocupações do Sindicato. A consultora comenta que o item já está incluso no PDM, porém, não tem recebido a atenção merecida por parte do poder público. Segundo Cristiane, a falta de sistema de drenagem tem ocasionado o alargamento das margens dos igarapés, o que para ela, não é culpa da população que habita o local, mas do governo, que não distribui os terrenos. “A chuva não tem para onde escoar e desce para os córregos, com isso as margens cedem. A culpa é do poder público que deveria primeiramente ocupar o local para então lotear e distribuir os terrenos adequadamente”. Outra preocupação, segundo a consultora, é a redução de áreas verdes existentes na capital. “Precisamos criar alternativas para criar áreas verdes, que são importantes na climatização da cidade. Os condomínios, por exemplo, precisam disponibilizar pelo menos, 5% de área verde”, explica.
Para a analista do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Débora dos Anjos, Manaus precisa de uma área específica para o depósito de lixo. “É vergonhoso que nossa cidade não tenha um local próprio para esse uso. Também precisamos atuar no Plano de Proteção dos Cursos de Águas”, citou.
De acordo com o presidente da subcomissão do Meio Ambiente, vereador Mário Bastos, que técnico do Ibama, a comissão tem trabalhado para incluir projetos que visam a arborização e a impermeabilização do solo. “Manaus precisa de árvores frutíferas porque elas atraem os pássaros que comem as frutas e distribuem as sementes por outros locais. As calçadas verdes também fazem parte das nossas sugestões”, cita o vereador. As discussões desta segunda-feira foram capitaneadas pelo vereador Paulo Nasser (PSC), presidente da comissão geral do PDM, que presidiu os trabalhos.
(Fonte: Priscila Caldas)