Promotor adoece e adia audiência sobre morte por encomenda do veterinário Fernando Moura

Os familiares do veterinários, ficaram revoltados com adiamento
Os familiares do veterinários, ficaram revoltados com adiamento

Manaus – O promotor do caso adoeceu e não aconteceu a Audiência para desvendar a morte do veterinário Fernando Moura, encomendada em 2014, por motivos d vingança.Em agosto de 2014, Dorval Vieira Rodrigues, de 83 anos, teria encomendado o assassinato ao alegar que a vítima não quis lhe devolver um cachorro.

Na manhã desta terça-feira  uma das audiências de instrução do processo foi adiada, no Fórum Henoch Reis, em Manaus. A família critica a demora do processo e afirma que tem medo do acusado, que se encontra em prisão domiciliar, planejar outro crime.

De acordo com informações da secretaria da 2ª Vara do Tribunal do Júri, a terceira audiência do caso foi adiada devida a ausência do promotor do Ministério Público, Ednaldo Aquino, por motivos de saúde.

O promotor informaria se desistiria de arrolar uma das testemunhas, que não foi encontrada para ser intimada. Caso desistisse, os réus seriam interrogados e seriam iniciados os procedimentos para realizar o julgamento. A nova audiência acontece no dia 3 de dezembro.

Um dos filhos do veterinário, Rodrigo Moura, de 30 anos, disse que não há garantias de que Dorval não planeje outro crime contra a família. “O cara sabia toda a rotina da família, tinha fotos e sabia quem era cada um. Eu não sei se terminou, eu não sei até onde vai a loucura desse cara. Ele está em prisão domiciliar porque é idoso e debilitado, mas ele está muito bem para fazer um telefonema e terminar o serviço porque a família está botando para cima. Quem garante que acabou?”, questionou o gerente administrativo.

Não sei até onde vai a loucura dele. Quem garante que acabou?”

Rodrigo Moura, filho da vítima

A família afirma que, desde o início das audiências, Dorval teria inventado versões diferentes das motivações do crime. “A mulher dele deixou o cachorro com o nosso pai e pediu que o doassem. Meu pai fez o que ela pediu. Ele ficou alegando que meu pai não quis devolver o cachorro. Depois inventou uma versão de que o crime era uma vingança pela morte de um filho há um ano atrás. Mas é tudo inventado”, disse a filha Roberta Moura, de 29 anos.

A defesa de Dorval Vieira Rodrigues não permitiu que o réu cedesse entrevista à imprensa. Além de Dorval, outros dois suspeitos de envolvimento no crime estão presos. Um homem de 29 anos se encontra foragido. Com a audiência de instrução marcada para dezembro, e a possibilidade de recurso por parte da defesa, a secretaria da 2ª Vara do Tribunal do Júri informou que o julgamento deverá ocorrer em 2016.

“O que me admira é que ele [Dorval] já disse que foi ele. Já se sabe como aconteceu o crime, como os outros ajudaram, então o que é que falta? Por que mais três meses, mais dois anos? Quando terminar esse processo, ele já vai ser solto. E os caras têm assistência psicológica e de direitos humanos, só que ninguém foi lá em casa para ver meus irmãos de 8 e 6 anos, que estão crescendo sem pai”, disse Rodrigo Moura.

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