Macapá, AP – A exposição “DNA (parte I) – Direção Norte das Artes”, fruto do projeto Viva Orla, desenvolvido pela Prefeitura de Macapá, está fazendo parte da programação do VII Fórum Social Panamazônico e despertando curiosidade nos visitantes. Imagine 400 toneladas de madeira retiradas do Rio Amazonas sendo transformadas em arte. Foi pensando na necessidade de valorização permanente e limpeza da orla de Macapá dando a destinação correta para esses resíduos, que nasceu o projeto Viva Orla, com uma proposta fundamentada nos princípios da sustentabilidade e da produção mais limpa.
Durante edição do projeto, realizada em 2013, toda a madeira acumulada ao longo de décadas na frente da cidade foi retirada e doada para a Associação Macapaense dos Artistas e Artesãos (Amaarte), que confeccionaram obras de arte com madeira do Rio Amazonas. O descarte de biomassa feito pelos artesãos será aproveitado pelos panificadores que utilizam o sistema de forno a lenha. A micro sedimentação é entregue à Associação dos Hortifrutigranjeiros, no polo de Fazendinha, para que sirva de adubo orgânico.
A exposição impressiona quem vê. Sulenir Soudine, membro do Conselho de Cidadania Brasileira na Guiana Francesa, já iniciou o diálogo para levar a experiência desenvolvida aqui para Cayenne. “Fiquei admirada com a beleza desse projeto. Você agregar valor a algo que ninguém dá a devida importância e transformar tudo em arte. Como representante do conselho, sinto interesse em levar os artesãos daqui para um intercâmbio com os de lá”.
“As boas práticas ambientais poderão ser difundidas de maneira consciente em todos os atos, visando transformar atitudes em melhoria da qualidade de vida de todos. Optar pela sustentabilidade é adotar uma orientação de se conservar mais os recursos naturais para futuras gerações”, completou Sulenir.
Fonte: Diário do Amapá
