Projeto conta nas escolas a história de Roraima

Boa Vista – O projeto Museu nas Escolas, realizado pelo Museu Integrado de Roraima (MIRR), inseriu este ano duas figuras históricas que contribuíram para a formação do Estado de Roraima.

São eles: Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e Theodor Koch Grunberg.

O projeto existe desde 2010 e este ano resolveu introduzir essas duas celebridades que fizeram parte da história do Estado. O objetivo é fazer com que os alunos possam conhecer e aprender mais sobre a fauna e flora, arte, cultura e história do Estado. Até hoje o museu itinerante já atendeu mais de 10 mil alunos.

Este ano a meta é atingir de 110 a 120 escolas da rede pública e privada de ensino, da pré-escola até o ensino superior. As exposições são realizadas conforme a faixa etária do público.

“Como estamos inserindo essas duas celebridades que muito contribuíram com Estado, então teremos nas exposições palestrantes habilitados para falar sobre essas figuras históricas”, contou a chefe da Divisão de Educação e Divulgação do MIRR, Rosemari Alves Negrão Riccis.

Este ano três instituições de ensino já receberam o projeto Museu nas Escolas. A equipe já realizou exposições na Escola Estadual Senador Hélio Campos, na Sadok Pereira, em Alto Alegre, e no Campus avançados da Universidade Estadual de Roraima (UERR) do município de São João da Baliza. “No Campus da UERR reunimos todas as escolas daquele município. Nós envolvemos a comunidade”, disse.

Conforme o cronograma de trabalho, oito escolas a cada mês, na Capital, vão receber os integrantes do projeto, que será desenvolvido nas terças e quintas-feiras, além de atender as instituições de ensino do município que ainda serão visitados. Na próxima semana o Museu Itinerante em parceria com a UERR vai levar a exposição do projeto à Escola Estadual Ayrton Senna.

De acordo com o calendário, no dia 5 de maio o projeto estará no município de Rorainópolis. “Todos estão convidados a comparecer ao local que ainda será definido. Vamos divulgar com antecedência”, afirmou Rosemari, ao ressaltar que a meta é levar o conhecimento estimulando o respeito e a proteção ao meio ambiente para a conservação da biodiversidade natural e a diversidade cultural.

Atividades educativas ajudam a fixar na memória a história da região

A equipe do Projeto Museu nas Escolas realiza atividades educativas como jogos lúdicos, brincadeiras e confecção de materiais com a finalidade de fixar o que fora exposto, para uma maior assimilação do conteúdo.

“Após assistir às palestras e visitar a exposição, realizamos várias atividades educativas para que o público, de fato, aprenda sobre a história de Roraima por meio dos objetos e das imagens que são expostas. Tudo é feito em forma de brincadeira, com muita descontração”, contou.

Nas andanças do projeto a história do Estado é contada por meio de réplicas de tudo que existe no Museu. São usadas imagens fotográficas, recursos museográficos, acervos, animais taxidermizados que mostram a fauna da região, além do filme Uma Noite no Museu I e II.

“Para conhecer a fundo, montamos um painel com fotografias que mostram a linha do tempo. São sequências de fotos históricas na linha de datas. O Museu Itinerante mostra um pouco do circuito expositivo da longa duração do Museu Integrado de Roraima como arqueologia, história de Roraima, história natural, a diversidade cultural, realiza palestras e passa filmes que contam a história da região”, complementou.

Qual a influência do Marechal Rondon e de Theodor Koch Grunberg para RR?

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, no estado do Mato Grosso e ficou conhecido pelos levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região Amazônia, durante a construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá até as fronteiras do Paraguai e da Bolívia, e da ferrovia Madeira-Mamoré, em Rondônia. A comissão, chefiada por ele, foi a primeira a alcançar a região amazônica.

Defensor das causas indígenas, ele foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 1910. Ficou reconhecido pela famosa frase: “Morrer, se preciso for; matar, nunca”.

Nos anos 40 virou presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), cargo em que permaneceu por vários anos. Em 1955, o Congresso Nacional conferiu-lhe a patente de marechal. O nome do Estado de Rondônia , que era chamado de Guaporé, é em homenagem ao desbravador Rondon.

Theodor Koch Grunberg foi um antropólogo, etnologista e explorador alemão que contribuiu relevantemente com o estudo dos povos indígenas da América do Sul, em particular dos Pemon da Venezuela e dos povos indígenas brasileiros da região Amazônica, estudando a mitologia, as lendas, a etnologia, a antropologia e a história dessas etnias.

Segundo disse Rosemari, em 1924 Grunberg veio para Roraima estudar as etnias indígenas em Vista Alegre, local onde faleceu. “Ele ficou enterrado um tempo em Roraima, depois o corpo foi exumado e enviado para o Amazonas, até ser encaminhado para a terra natal dele, na Alemanha. Ele muito contribui com a história de Roraima, por isso estamos resgantando”, afirmou.

Fonte – Folha BV

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