Profissionais de saúde discutiram o plano municipal de enfrentamento aos agravos da exposição a agrotóxicos

Profissionais de saúde discutem plano municipal
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Profissionais de saúde discutem plano municipal

Manaus, AM – Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) começaram a elaborar as diretrizes para a construção do Plano Municipal de Atenção Integral à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos.

O trabalho fizeram  parte da programação do curso básico de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos com ênfase em Agrotóxicos (Vigipeq), realizado no período de 17 a 21 de agosto, por meio de parceria da Semsa com o Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e Agência de Defesa Agropecuária Florestal (Adaf).

A diretora interina do Centro Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/Manaus), Maria do Socorro Oliveira Soares, explicou que o plano vai envolver não apenas a atuação da Semsa, mas também de instituições parceiras da rede municipal e da rede estadual.

“O curso viabilizou o aporte teórico e prático para que os participantes pudessem identificar todos os elementos indispensáveis à construção do plano municipal, abordando questões como conceitos e legislação sobre produtos químicos, os instrumentos e sistemas de monitoramento, assistência e promoção à saúde para o cuidado com os pacientes”, explicou Maria do Socorro.

De acordo com a analista técnica de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Thais Araújo Cavendish, em 2008, o Brasil se destacou como o maior consumidor mundial de agrotóxicos e mantém, desde então, posição de destaque no mercado mundial desses produtos. “O Ministério da Saúde vem monitorando a implantação da Vigilância em Saúde das Populações Expostas aos Agrotóxicos. Existem alguns critérios que os estados devem seguir para que o Ministério da Saúde possa considerar que essa vigilância já foi implantada. Até agora, apenas o estado do Amapá não atingiu todos os critérios. E os estados têm a função de conduzir a implantação nos municípios. Um dos objetivos é entender a realidade de cada local e atuar em cima das situações encontradas”, destacou Thais Cavendish.

O representante do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Nailton Lopes, explica que o estado do Amazonas, em parceria com a Semsa, setores de educação como universidades, a Fiocruz e outras instituições, vem trabalhando há dois anos na implantação da Vigilância em Saúde das Populações Expostas aos Agrotóxicos, o que resultou na construção de um plano estadual. “A intenção é elaborar estratégias para convencer o agricultor e o consumidor dos riscos do uso do agrotóxico para a saúde e o meio ambiente, apontar alternativas ao agricultor para garantir a qualidade da produção sem o uso do agrotóxico, além de atuar na fiscalização da comercialização desses tipos de produtos”, diz Nailton Lopes.

O mesmo curso já foi realizado em Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Iranduba e Manacapuru. A meta é atingir 100% dos municípios do estado do Amazonas até 2019.

Amazonianarede-Semcom

 

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