Professores da rede municipal participam da segunda etapa de curso de formação

O curso segue até esta sexta-feira, 9
O curso segue até esta sexta-feira, 9

Cerca de 150 professores da Prefeitura de Manaus que trabalham com o Programa de Aceleração da Aprendizagem (PAA) nas escolas públicas da capital iniciaram, nesta quarta-feira, 6, a segunda etapa do curso de formação continuada com os técnicos do Centro de Ensino Tecnológico de Brasília (Ceteb). A proposta é qualificar o fazer pedagógico com os estudantes do PAA, que estão defasados no parâmetro idade e ano escolar. O curso segue até esta sexta-feira, 9.

A primeira fase do curso para os professores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) aconteceu em maio, quando foram trabalhados cinco eixos de atuação: o fortalecimento da autoestima, no qual o professor aprende a resgatar o prazer do aluno em aprender; a aprendizagem significativa, que ensina os docentes a facilitarem a aprendizagem; a interdisciplinaridade, que unifica o aprendizado das disciplinas; pedagogia de projetos e a avaliação, onde o aluno desenvolve pesquisas ou trabalhos a partir dos conhecimentos adquiridos.

“Em maio, os professores aprenderam a metodologia e os aspectos teóricos do programa. Analisaram os livros, os materiais e foram para a sala de aula. Nós demos um tempo e estamos retornando para visitar as escolas e ver a metodologia em ação. Nessa segunda etapa da formação, eles (professores) vão levantar as dificuldades e êxitos nesse tempo de programa. Em seguida, nós do Ceteb vamos reforçar os eixos metodológicos, trabalhar também os jogos, já que apostamos no lúdico como processo pedagógico do PAA. Serão dias de muito aprendizado”, disse a técnica do Ceteb, Magda Querino.

Luiza Lima é assessora pedagógica do PAA em 17 escolas municipais da zona leste de Manaus. Nestas, 552 alunos estão em salas de aceleração da aprendizagem. Segundo ela, a formação do Ceteb é essencial porque o professor não aprende na faculdade a lidar com o universo psicossocial dos alunos em distorção de idade e série.

“O PAA tem uma metodologia diferente, pautada nos cinco eixos. Como é uma metodologia diferenciada, a gente não estuda isso na faculdade. Eu, como coordenadora do PAA, já observei que é muito complicado um professor, dito normal, que nunca teve um curso específico para o PAA, assumir uma sala de aula, cuja metodologia é diferente, a rotina é diferenciada, que ele mesmo tem que se superar para estimular as crianças com dificuldade de aprendizado”, observou.

A professora Sarah Tomé, leciona para 27 alunos de uma turma de PAA, na Escola Municipal Maria do Carmo Rebelo. Ela conta que desde que iniciou o curso do Ceteb, em maio, aprendeu diversos métodos de ensino e que as aulas têm dado frutos positivos.

“Essa formação fortaleceu bastante o nosso trabalho em sala de aula. Eu tenho um aluno que é um menino totalmente indisciplinado. Na primeira semana, ele não quis entrar na sala de aula de jeito nenhum. A partir da segunda semana, ele começou a entrar e notou que as aulas eram diferentes. Foi então que ele começou a participar. Hoje, se em um dia não conseguirmos aplicar a leitura na classe, no outro dia ele cobra a leitura dobrada”, contou.

Texto e Foto: Thiago Botelho

 

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