Previdência municipal bate meta em 2016

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Providencia municipal cumpre meta em 20166

Manaus, AM – O Município de Manaus fechou 2016 batendo a meta atuarial do seu regime próprio de previdência, atingindo 100,7%. O resultado significou a rentabilização  da carteira de investimento em 12,75%, quando a meta ficou em 12,67%.

“Para os segurados, que são os aposentados e pensionistas, significa que a previdência municipal está mantendo o equilíbrio financeiro e vai conseguir arcar com as despesas futuras no pagamento dos benefícios”, explicou o diretor-presidente da Manaus Previdência, Marcelo Magaldi.

A carteira de investimentos da autarquia fechou dezembro de 2016 com R$ 878,3 milhões, um aumento de 17% em relação a janeiro do mesmo ano, quando registrou R$ 748,1 milhões na carteira.

Para dar essa boa notícia aos segurados, a Manaus Previdência estava esperando a divulgação do IPCA de dezembro para fechar carteira de investimentos de 2016, à medida que a meta da instituição é o IPCA + 6%, percentual utilizado pela maioria dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). O índice foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira, 11.

Levantamento realizado pela Superintendência de Investimentos (Supinv) da previdência municipal aponta que a meta só não registrou um resultado mais expressivo devido a presença de fundos de alto risco ainda presentes na carteira de investimento da previdência, frutos de aplicações realizadas de 2012 para trás.

Exemplificando a influência desses fundos no resultado da meta, a superintendente Raquel Campos diz que foi realizada uma simulação do resultado da carteira sem os fundos de alto risco. “Se a nossa carteira fosse composta somente pelos fundos de baixo risco e com rentabilidade garantida, teríamos batido 138% da meta atuarial. Mas, mesmo com esses fundos de alto risco, conseguimos superar o nosso objetivo”, comemora.

A carteira de investimento da previdência municipal em dezembro de 2012 tinha, em sua composição, 17 fundos considerados de alto risco, que somavam R$ 278.636.156,35 em aplicações, correspondendo a 59,83% da carteira de investimento.

Ao longo dos últimos quatro anos, a Manaus Previdência conseguiu resgatar uma parte de suas aplicações em três desses fundos, recuperando mais de R$ 50 milhões, que foram aplicados em fundos de baixo risco.

Atualmente, ainda existem 14 fundos de alto risco, que totalizam R$ 186,9 milhões, representando 22% da carteira de investimento. “E estamos trabalhando para continuar eliminando essas aplicações de alto risco”, destaca Magaldi.

Conforme a Supinv, três pontos foram fundamentais para alcançar esse resultado: as boas escolhas dos produtos (fundos) por parte do Comitê de Investimentos (Cominv) da autarquia; a capacitação dos membros do comitê, que vêm se capacitando constantemente na área; e a rejeição aos produtos mais estruturados, ou seja, aqueles mais complexos devido a rentabilidade estar indexada à evolução de vários índices de mercado.

“O índice inflacionário auxiliou bastante para se atingir a meta atuarial por parte da maioria dos RPPS. Mas, para a Manaus Previdência, o resultado pode ser considerado excelente devido ainda termos em  nossa carteira um índice de títulos podres que ultrapassam os 20%. Isso prejudica muito a rentabilidade”, explica.

Para 2017, a meta continuará ser a mesma – IPCA + 6% – explica Campos. “Está traçada de acordo com a nossa política de investimento e para ser alterada, deve estar embasada em um estudo atuarial que fundamente a permanência do fundo em situação superavitária e equilibrada”.

Atualmente, a Manaus Previdência paga os benefícios de 6.193 segurados, sendo 4.760 aposentadorias e 1.433 pensões.

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