Prefeitura realiza caminhada contra violência sexual infanto-juvenil

Manaus – Mais de três mil pessoas participaram da 2ª caminhada de Combate à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes na manhã desta quarta-feira, 15, na avenida Autaz Mirim, zona Leste. Com faixas e cartazes, alunos e professoras de 11 escolas públicas localizadas próximas ao local da manifestação participaram do ato promovido pela Prefeitura de Manaus.

Somente nos quatro primeiros meses deste ano, já foram registrados 308 casos de abuso sexual e mais 18 de exploração, nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) do município. Em 2012, foram 402 casos de abuso e 24 de exploração. Os índices apontam que a maioria dos casos é praticada por algum membro da família da vítima.

“As estatísticas mostram que os abusos são cometidos na maioria das vezes pelo pai, um tio, um parente, um padrasto, um vizinho ou alguém que a mãe de boa fé entrega pra cuidar e vai trabalhar. O inimigo que a gente costuma imaginar não tem muito acesso à criança. E é essa realidade que nós estamos divulgando aqui”, afirmou o prefeito Arthur Neto.

A caminhada faz parte das ações, em Manaus, de mobilização nacional pelo Dia de Combate ao Abuso e à exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado no dia 18 de maio. “Nós procuramos sensibilizar todos os segmentos da sociedade pra que olhem a questão da violência sexual das nossas crianças e adolescentes. Os registros são alarmantes e mesmo assim tem muita informação que não chega. Tem famílias que não denunciam, que são pressionadas a não falar, ou seja, existe um número que a gente não conhece”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Goreth Garcia.

A caminhada também serviu para mostrar como as vítimas ou as famílias das vítimas devem fazer para conseguir apoio e atendimentos dos diversos órgãos municipais. Segundo o secretário municipal de saúde, Evandro Melo, as secretarias tem trabalhado de forma conjunta para minimizar os danos causados pela violência.

“Todo o sistema municipal de saúde está preparado para acolher essas crianças, dar a assistência médica devida e ao mesmo tempo nós temos um sistema de informação onde nós denunciamos às delegacias qualquer ato que seja feito contra a criança. Temos uma equipe que faz o acolhimento não só da vítima, mas também da família”, concluiu o secretário.

Reportagem: Leonardo Fierro
Foto: Altemar Alcântara / Arlesson Sicsú 

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