Prefeitura inicia jornada para erradicar analfabetismo em Macapá

02-10amapaMacapá, AP – A educação como direito social inerente ao poder municipal, foi o que a Prefeitura de Macapá pôde demonstrar ao realizar no Teatro das Bacabeiras a aula inaugural do programa Macapá Município Alfabetizado. Durante o evento, muitos depoimentos emocionados de quem assumiram o compromisso de transformar o município em um território livre do analfabetismo.

Segundo o prefeito Clécio Luís, ao promover políticas públicas que facilitem o acesso à educação através da implementação de um programa educacional que eleva o nível de formação e melhora a apreensão do conhecimento de jovens e adultos que ainda não foram alfabetizados, educadores municipais aceitaram o desafio determinante na vida de pessoas acima de 15 anos de idade, que sofrem por não saber ler e escrever e, como consequência, acabam excluídos da sociedade.

A primeira parcela dos 17 mil analfabetos existentes no município esteve presente à aula inaugural que reservou para cada um deles uma dose de emoção. “Sempre foi meu sonho saber ler e escrever. Sou do interior e quando casei e tive filhos não pude realizar isso. Hoje estou com 70 anos e ainda tenho viva a esperança de um dia aprender. Essa é a minha oportunidade tão desejada”, disse a dona de casa Merziana Costa.

A fragilidade diante de ações rotineiras para muitos e que refletem a dificuldade de uma pessoa analfabeta fez com que o marceneiro Jacob Ferreira também se inscrevesse no programa. “Eu preciso porque faço parte da igreja, mas não sei ler a bíblia. No meu trabalho, no banco, em todo lugar preciso da ajuda de outras pessoas para ler e escrever por mim. É muito difícil”.

Fazer parte da busca pela garantia do jovem e do adulto à formação para que possam ter uma nova leitura de mundo e assim atuar como pessoas pertencentes a uma sociedade motivou as alfabetizadoras Elza Fogaça e Cláudia do Socorro Costa. “É uma satisfação imensa fazer parte do programa que mudará a vida dessas pessoas, eu tinha que participar”, disse Elza. Para Cláudia, é importante a troca de saberes. “Quero dividir o que sei com eles e quero aprender com as histórias de cada um, incentivando e ajudando para que vençam barreiras e não desistam no meio do caminho”.

Fonte: Diário do Amapá

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