Porto Velho decreta estado de alerta devido cheia no Rio Madeira

Calamidade Pública em Porto Velho
Calamidade Pública em Porto Velho
Calamidade Pública em Porto Velho

Porto Velho – A prefeitura de Porto Velho, em Rondônia, decretou estado de alerta por causa do excesso de água do Rio Madeira. Em alguns trechos, ele já está dois metros acima do nível registrado em janeiro do ano passado, quando o Acre e Rondônia sofreram a maior enchente da história.

A água já tomou os dois lados da rodovia federal que liga Rondônia ao Acre. A imagem é bem semelhante à de janeiro do ano passado. “Dá bastante medo. A qualquer momento pode encher tudo de novo e acabar isolando tudo outra vez”, diz o engenheiro eletricista Stéferson Caio.

No início de 2014 a cheia inundou a BR-364. Era só o começo da maior enchente já registrada na região do Rio Madeira. Durante mais de três meses o estado do Acre e parte de Rondônia ficaram completamente isolados.

Um dos trechos mais castigados por essa cheia fica no distrito de Nova Mutum. A água chegou a quase dois metros acima do nível da pista. Agora , o rio está a pouco mais de um metro para chegar na rodovia. Toda a vegetação às margens da estrada já está debaixo d’água.

No local, ainda é possível ver nas árvores e nas casas as marcas que o rio deixou. A situação mais complicada é no distrito de Abunã, a 240 quilômetros de Porto Velho, onde o Rio Madeira já está dois metros acima do nível registrado no fim de janeiro de 2014.

Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil está na região para tentar descobrir as causas das enchentes. “Descobrir se de fato a vazão está maior que a do ano passado, se há deposição de sedimentos ou algum outro fator que tenha provocado isso”, explica Hércules Pessoa e Castro, engenheiro hidrólogo da CPRM.

A cheia invade os mais diferentes pontos da cidade
A cheia invade os mais diferentes pontos da cidade

Eles usam equipamentos especiais para medir a velocidade e o volume de água do Rio Madeira. Os dados captados pelo sensor que fica debaixo d’água vão para um computador, onde são armazenados. Depois, os técnicos vão fazer um comparativo de hoje em relação aos últimos 15 anos.

No distrito de Abunã, dois bombeiros fotografam a régua que registra o nível do Rio Madeira três vezes por dia e enviam as imagens para a Defesa Civil do Acre. Para entrar na balsa, os veículos têm que usar uma rampa improvisada, porque o rio já encobriu dez metros do barranco.

Em vários bairros de Porto Velho, que também inundaram no ano passado, os moradores estão assustados. Esta semana, oito famílias já foram retiradas de suas casas pela Defesa Civil.

“Os técnicos entendem que haverá uma recorrência da cheia. De repente não chegue na magnitude de 2014, mas nós estamos trabalhando com um cenário pior”, afirma o cel. José Pimentel, secretário adjunto de Defesa Civil de Porto Velho.

Amazonianarede´Jornal Hoje

 

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