Portela encerra 1ª noite no Rio cantando os 400 anos de Madureira

Portela
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Amazonianarede – Agências

Rio – Aos 90 anos de idade, a tradicional Portela encerrou a primeira noite de desfiles na Marquês de Sapucaí homenageando os 400 anos do bairro de Madureira, no subúrbio do Rio, onde fica a quadra da escola.

A comissão de frente; Patrícia Nery, rainha de bateria; a bateria; o samba-enredo; mestre-sala grafita o vestido da porta-bandeira; beldades no desfile da escola; Paulinho da Viola e Teresa Cristina desfilam; mulher que desfila em carro fica presa em árvore; a mulher é socorrida e levada ao hospital; o prefeito Eduardo Paes, portelense, na Sapucaí.)

O desfile da “Majestade do Samba”, como também é conhecida a escola que é uma das fundadoras do carnaval carioca, começou às 4h09 da madrugada de domingo (10) para segunda-feira (11).

Outra efeméride sendo comemorada foram os 70 anos do cantor e compositor Paulinho da Viola, ícone da escola. Foi ele o escolhido pelo carnavalesco Paulo Menezes como o fio condutor do enredo deste ano, “Madureira… O meu coração se deixou levar”.

Maior detentora de títulos do carnaval carioca (foram 21, ao todo), a Portela já está há quase três décadas sem vitória. A última foi em 1984.

Transformação ao vivo

Os 3.700 componentes foram divididos em 31 alas. A escola desfilou com sete alegorias e três tripés.
A comissão de frente surpreendeu com uma transformação ao vivo. No início, um trem contava a história do transporte representando o desenvolvimento de Madureira. Nas janelas do vagão, fotos de membros ilustres da escola como se fossem passageiros.

Os componentes da comissão vieram vestidos de malandros e maleiros, acompanhados do diretor e ator Jorge Fernando interpretando um aristocrata.

Depois de um tempo, o trem foi transformado, em 40 segundos, em um palco de teatro. Na frente do público, alguns malandros foram vestidos como vedetes, representando Zaquia Jorge, primeira musa da Portela.
Casados há 23 anos, o mestre-sala Robson Sensação e a porta-bandeira Ana Paula estrearam na Portela neste ano e vieram logo depois da comissão de frente.

Com a águia-símbolo da escola estilizada em sua ponta, o enorme carro abre-alas de 50 metros de comprimento foi chamado de “Lendas e Mistérios da Amazônia”. A floresta portelense era azul, inspirada no artesanato indígena da região.

A Amazônia foi tema da escola no carnaval de 1970, último campeonato que a Portela ganhou sozinha, e que conquistou o coração de Paulinho da Viola. Apaixonado pela escola, ele compôs “Foi um rio que passou em minha vida”.

Acidente

Pouco antes de entrar na avenida, uma mulher de 41 anos que era destaque de um carro se desequilibrou e se jogou de uma altura de cerca de 4 metros, sendo amparada por um grupo de pessoas.

A mulher foi socorrida, consciente, pelos bombeiros e o carro entrou sem destaque na avenida. Ela foi levada ao posto médico e as primeiras informações são de que ela está bem, mas pode ter sofrido uma fratura na perna esquerda.

O enredo continuou abordando a formação histórica de Madureira, com suas fazendas e canaviais. Foi contada a origem do nome do bairro, homenagem a Lourenço Madureira, um grande boiadeiro de uma fazenda local. Um tripé recriava um grande canavial.

Logo depois, entrou o setor da formação religiosa, que misturava festas católicas e do candomblé e trazia elementos característicos como o jongo.

As baianas entraram vestidas de “Dona Esther Rodrigues”, líder religiosa do bairro. As festas organizadas por Dona Esther, embaladas pelo samba de roda, influenciaram a criação da escola azul e branca. Ela também foi homenageada por uma escultura de nove metros e meio de altura sobre o terceiro carro da escola.
Hoje terá mais carnaval na Sapucaí, com as Escolas encerrando os desfiles na passarela do samba.

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