Portela empolgou a Sapucaí na 2ª noite do desfile das Escolas de Samba

Unidos da Tijuca, Portela, União da Ilha, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Beija-Flor passam pelo sambódromo

Rio – A Unidos da Tijuca abriu a segunda noite de Carnaval do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A escola entrou na avenida às 21h30 para homenagear o ator, diretor e dramaturgo Miguel Falabella com o enredo Um coração urbano: Miguel, o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem.

As atrizes Arlete Salles, Alessandra Maestrini, Cláudia Raia, Marisa Orth, Zezé Polessa, Cissa Guimarães e Juliana Alves — esta última, rainha de bateria — marcaram presença na festa. A bateria cruza a avenida fantasiada de Caco Antibes, personagem da série Sai de Baixo. A Tijuca retorna à Sapucaí após um 2017 traumático. Na ocasião, o teto de um dos carros alegóricos cedeu e deixou doze pessoas feridas.

Vencedora do Carnaval do ano passado junto com a Mocidade, a Portela entrou às 22h55 com um enredo sobre imigração. A escola contou a história de judeus que fugiram da Europa e do norte da África no século XVII para o nordeste do Brasil e, depois, tiveram um papel importante no desenvolvimento da cidade de Nova York. Nas alegorias, um dos destaques com o carro com uma réplica da Estátua da Liberdade.

Chamado De Repente de Lá Pra Cá e Dirrepente de Cá Pra Lá, o enredo da carnavalesca Rosa Magalhães discutiu intolerância e solidariedade, trouxe refugiados para a avenida – e empolgou o público, que cantou até o final. A Portela busca seu vigésima terceiro título do Carnaval.

Terceira escola a desfilar nesta segunda noite do Carnaval do Rio de Janeiro, a União da Ilha celebrou no sambódromo a culinária brasileira.  Com o enredo Brasil Bom de Boca, a escola fez uma homenagem cheia de cores às comidas tradicionais do país, criadas a partir da miscigenação da população brasileira. Chefs de cozinha como Claude Troisgros, Erick Jacquin e Flávia Quaresma fizeram parte do desfile.

Salgueiro foi a quarta escola no sambódromo e fez um tributo às mulheres negras, desde as deusas egípcias até as matriarcas brasileiras. A agremiação abusou dos tons vermelhos e, além da rainha-faraó Viviane Araújo à frente da bateria, também teve como musa uma passista trans.

Com uma alusão ao filme Uma Noite no Museu (2006), a Imperatriz Leopoldinense entrou na avenida com o samba-enredo Uma Noite Real No Museu Nacional, comemorando os 200 anos do local que já serviu de palácio real e hoje abriga um acervo de mais de 20 milhões de itens de áreas da ciência como Zoologia, Arqueologia e Paleontologia.

Beija-Flor fechou o Carnaval do Rio com o enredo Monstro é Aquele Que Não Sabe Amar. Os Filhos Abandonados Da Pátria Que os Pariu. A escola propõe um paralelo entre a obra Frankenstein de Mary Shelley, que está completando dois séculos, e a história do Brasil. Entre os temas abordados, estarão a desigualdade social, a falta de respeito e a de amor.

Amazonianarede-Veja


 

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