Manaus, AM – O Ministério Público do Estado do Amazonas ofereceu, na quarta-feira (26), denúncia contra cinco policiais militares por suspeitas de envolvimento na morte da policial Deusiane da Silva Pinheiro, de 26 anos, em Manaus. Os suspeitos sustentam a versão de suicídio.
Deusiane foi achada morta com perfuração de arma nas dependências do Pelotão Ambiental, em Manaus, no dia 1º de abril de 2015. Segundo os relatos de familiares, Deusiane sofria perseguição por parte do homem.
De acordo com os autos, um dos PMs e a vítima mantinham um relacionamento amoroso “conturbado, especialmente, após o denunciado reatar sua relação com uma ex-companheira, ao mesmo tempo que desejava manter a relação com a vítima”.
Ainda conforme a denúncia do MPE, assinada pelo promotor Edinaldo Aquino Medeiros, Deusiane e a ex do policial chegaram, inclusive, a se encontrar e foram as vias de fato.
No dia do crime, o PM apontado como autor e Deusiane estavam no piso superior da base “Peixe-Boi”. Outros quatro policias estavam no piso inferior da embarcação, sendo que estes confirmam, em depoimento, que ouviram barulhos no piso superior seguido de disparo de arma de fogo, e que imediatamente subiram a escada e encontraram o denunciado e a vítima Deusiane ferida no chão.
A versão de suicídio apresentada pelo denunciado “foi corroborada pelos depoimentos dos demais denunciados, ao afirmarem que encontraram Deusiane ferida deitada no solo e com a arma ao seu lado”.
Laudo
No entanto, conforme denúncia do promotor Medeiros, o laudo de exame em armas e munições apontou que o armamento que vitimou Deusiane teve o ferrolho alterado.
“A arma arma de série nº 71893 apresentada pelo denunciado para perícia, estava com o ferrolho trocado com a arma de série nº 51035. Segundo os peritos, o disparo que atingiu a vítima originou-se da arma de série nº 51035, e que tal conclusão se deu pelo exame complementar com reagente químico Luminol que detectado maior concentração de sangue exatamente no ferrolho da arma de série nº 51035, que supostamente estaria com Deusiane. Ocorre que, o ferrolho periciado na arma de série nº 51035 era na verdade o ferrolho da arma de série nº 71893, exatamente, a arma acautelada para o denunciado”, diz a denúncia. dos PMs.
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