Pesquisa investiga suplementação nutricional de tambaqui no Amazonas

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Estudo é fruto do Programa de Iniciação Científica da Fapeam, com apoio do Governo do Estado

Amazonas – Estudo fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) investigou o uso de suplementação de vitamina tiamina (B1) na nutrição de peixes jovens da espécie tambaqui no Amazonas. A pesquisa foi realizada pela estudante universitária de Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Lorena Ianka Pontes da Silva, sob a orientação do pesquisador da Embrapa da Amazônia Ocidental, Jony Koji.

Segundo a jovem pesquisadora, os resultados do estudo apontam a inexistência do efeito da suplementação de tiamina (B1) no desempenho animal. Entretanto, foi possível verificar diferenças significativas entre os níveis de carboidratos. “Peixes alimentados com a dieta de 35% de carboidratos apresentaram maior ganho de peso”, disse Lorena.

A proposta da pesquisa, desenvolvida no âmbito do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) da Fapeam, era determinar a capacidade de juvenis de tambaqui utilizarem a suplementação B1 para otimizar o aproveitamento do carboidrato, pois, segundo a estudante e seu orientador, ingredientes que contêm este nutriente apresentam de forma geral um custo menor e podem diminuir o preço da ração para o tambaqui.

Capacidade de digestão

O tambaqui é um peixe onívoro, cuja literatura aponta que peixes onívoros possuem maior capacidade de digestão de carboidratos se comparado a peixes carnívoros. É a espécie nativa mais criada no país e tem grande mercado consumidor no Estado do Amazonas, particularmente em Manaus. Suplementar a nutrição da espécie pode proporcionar ganhos no desempenho zootécnico e diminuir os custos de produção”, explicou Lorena.

A universitária acrescentou que a suplementação foi realizada apenas com juvenis de tambaqui porque nesta fase inicial a curva de crescimento da espécie apresenta um comportamento exponencial. “Experimentos de nutrição realizados neste período demonstram resultados mais rapidamente”, disse a estudiosa.

O experimento

A metodologia consistiu em 64 dias seguidos de alimentação até a plena satisfação aparente dos peixes com as rações experimentais. Neste período, se respeitou os horários: 8h, 12h e 16h. Foram realizados seis tratamentos em um esquema específico, relacionando dois níveis de carboidrato (35% e 55%) com três níveis de vitamina B1 (0,1 e 5 mg/kg da ração).

Os tambaquis foram alocados em gaiolas plásticas de 60 litros (15 animais por gaiola). As gaiolas foram colocadas em tanques de 1000 litros, duas gaiolas por tanque.

Ao término do experimento, foram calculados os principais índices de desempenho zootécnico como, por exemplo, o ganho de peso, a conversão alimentar aparente, a taxa de crescimento específico, entre outros.

Vitamina B1 –

Conforme informações da bolsista, a vitamina B1 é uma das substâncias responsáveis pelo metabolismo dos carboidratos, processo bioquímico que ocorre nas células do animal. “Acredita-se que esta vitamina seja capaz de auxiliar no aproveitamento deste nutriente.

Durante o experimento utilizou se cloridrato de tiamina que é uma fonte mais pura de vitamina B1, mas é possível encontrá-la no gérmen de trigo, nas sementes de girassol, na castanha do Brasil, entre outros”,  disse Lorena.

Mais pesquisa –

A estudante de Zootecnia, que pretende seguir carreira de pesquisadora na área de Zootecnia e Aquicultura, já deu início à sua terceira experiência na Iniciação Científica.

Agora, ela estuda a utilização de resíduos de bananeira na ração de juvenis de tambaqui. A pesquisa alia a nutrição com a sanidade dos peixes por meio da inclusão de um alimento não convencional (resíduo) que pode controlar parasitas da espécie.

Amzonianarede-Secom

 

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