Belém, PA – Com prenúncio de recorde de público na temporada, o Paysandu faz hoje, diante do Macaé-RJ, o jogo mais importante do time no ano de seu centenário.
A expectativa é de que mais de 38 mil torcedores ocupem as arquibancadas e cadeiras do Mangueirão para assistir ao confronto final da Série C do Campeonato Brasileiro. No primeiro encontro, em Macaé, houve empate em 1 a 1, o que assegurou ao Papão a vantagem de já entrar em campo como campeão. O visitante, por sua vez, precisa de uma vitória ou mesmo empate, desde que seja por mais de um gol. Placar semelhante ao da primeira partida levará a decisão para os pênaltis. Já um empate sem gols dá o título ao Papão, o terceiro brasileiro de sua história, mas o primeiro da Terceirona.
O fato de ter a vantagem do empate sem gols, porém, não está sendo considerado técnico Mazola Júnior e seus jogadores. O motivo é simples: normalmente quem joga para empatar acaba se dando mal. Além do mais, o fato de o Macaé ter eliminado, nas quartas de final, o Fortaleza-CE em situação parecida, também serve de alerta para o time alviceleste, que, desde o final do jogo de ida, vem sendo orientado por Mazola a não cair na esparrela de achar que é campeão antes do final dos 90 minutos, o que poderia prejudicá-lo frente ao visitante, que não se curvou diante de 63 mil torcedores do time cearense.
Apostando todas as fichas no apoio do torcedor, o Papão disponibilizou uma carga de 32 mil entradas (à venda) para a partida. Nem precisou de tanto tempo para a Fiel dar a resposta. Na última quarta-feira (19) cerca de 20 mil desses bilhetes já estavam nas mãos da Fiel, com as vendas se encerrando ontem pela manhã. Mas, de nada vai adiantar ter uma grande torcida a favor se o time não corresponder em campo, conforme admitem os jogadores do Papão. “Essa ajuda é importante, sem dúvida, mas dentro de campo temos de fazer a nossa parte para que o Paysandu possa conquistar o título”, avisa Fernando Lombardi.
O fato de entrar em desvantagem na decisão não desmotiva o adversário bicolor. Muito ao contrário, o Macaé, apelidado de Leão Praiano, vem a Belém disposto a pregar uma nova grande peça na competição para que, desta maneira, possa levantar o primeiro título nacional de sua história de 24 anos de fundação.
(Diário do Pará)