
Paraguai – o Papa Francisco, que encerra a visita a América do Sul pelo Paraguai, fez um discurso improvisado na noite deste sábado (11) diante de cinco mil representantes da sociedade paraguaia. O Papa criticou duramente as ideologias que, no passado, terminaram em ditaduras. Mais cedo, Francisco chamou de injusta a guerra do Paraguai e elogiou a força das mulheres.
Há sete dias a imagem se repete: multidões à espera do visitante. E Francisco atento à realidade de cada lugar por onde passa. Confessou-se exausto, por isso não entrou no presídio de mulheres na noite de sexta-feira (10). Mas ainda teve força para cobrar as autoridades paraguaias: “Que não haja mais vítimas da violência, da corrupção e do narcotráfico”.
O pontífice retomou a agenda cedo neste sábado (11). Num hospital pediátrico em Assunção. E propôs aos adultos que aprendam com os pequenos pacientes sobre “confiança, alegria e ternura”.
O Papa seguiu para Caacupé, a 60 km da capital, onde celebrou uma missa. Entre os mais de um milhão de peregrinos, muitos argentinos e brasileiros.
Ele conhece bem a realidade do lugar. Sabe da pobreza que domina mais de um terço da população de maioria jovem; da guerra mais sangrenta da região, que em 1870 matou metade dos paraguaios; e da força das mulheres
“Gostaria especialmente de mencionar as mulheres, esposas e mães de Paraguai, que a um grande custo e sacrifício foram capazes de levantar um país derrotado, devastado e derrubado pela guerra”, disse.
Seja no Equador, na Bolívia e, agora, no Paraguai, o Papa argentino insistiu na pregação a favor dos oprimidos, contra a ordem econômica mundial, os danos irreversíveis ao planeta e fez questão de tocar nos doentes, presos, idosos, mulheres e crianças, razão, segundo ele, do evangelho de inclusão.
Francisco ainda celebra mais uma missa neste domingo, em Assunção. E encerra, assim, a viagem pela América do Sul.
Amazonianarede-O Globo