Os 22 detentos mortos nos presídios eram temporários

Os 22 detentos mortos nos presídios eram temporários

Dos detentos provisórios que foram mortos na chacina, 15 eram internos do Instituto Penal Antônio Trindade – (IPAT)

Manaus, AM – Dos 55 detentos mortos nos massacres ocorridos nos dias 26 e 27 de maio, 22 detentos estavam em prisão temporária, ou seja, aguardavam uma senteça judicial para seus casos, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).

A prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar, sendo instrumental para a apuração de um crime grave. No caso, a pessoa que foi acusada de um crime é mantida presa até o julgamento.

O preso provisóio  fica detido, por conta de um pedido especial do Ministério Público, de autoridades policiais ou vítimas, determinado por um juiz. Essa prisão é composta por três modalidades: temporária, preventiva e flagrante.

Detentos provisórios mortos

Dos detentos provisórios que foram mortos na chacina, a maioria era interno do Instituto Penal Antônio Trindade – (IPAT), localizado no KM 8 da BR 174, que totalizou 15 presos provisórios assassinados dentro de suas dependências.

Em sequência vem a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), localizado no bairro Puraquequara, zona Leste de Manaus, que contou com 4 internos assassinados por detentos dentro de suas dependências, ainda em caráter de regime provisório.

Por último, vem o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), também localizado no KM 8 da BR 174, que contou com 3 internos em caráter de prisão em regime provisório sendo assassinados em suas instalações.

Relembre o caso

Nos dias 26 e 27 de maio de 2019, 55 detentos das unidades prisionais Instituto Penal Antônio Trindade – (IPAT), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM I) foram assassinados.

Segundo as investigações, os atos ocorreram por conta de uma briga de facções por disputa de poder pelo tráfico de drogas dentro da capital.

As investigações também analisam uma suposta ”traição” por membros de alto escalão dessas facções, o que teria motivado retaliações, que resultaram nas 55 mortes dos detentos.

Após a chacina, 26 detentos considerados de alta periculosidade foram transferidos para Presídios Federais. Vinte dos 26 presos transferidos na última semana foram para presídios localizados em Brasília (DF). O restante foi para o estado do Paraná.

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