OAB pede prisão domiciliar para advogados flagrados pela ‘La Muralla’

A "La Muralla" também flagrou advogados
A "La Muralla" também flagrou advogados
A “La Muralla” também flagrou advogados

Amazonas – Os pedidos de prisão domiciliar de sete advogados presos em Manaus durante a operação “La Muralla” da Polícia Federal, no dia 20 de novembro, podem ser apreciados antes do recesso de fim de ano, segundo a Ordem de Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM).

Quatro mulheres se encontram no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) e três homens estão no Batalhão de Guarda Polícia Militar. O pedido será analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF1).

De acordo com o presidente da OAB-AM, Simonetti Neto, os advogados estão em locais inadequados. Segundo o que determina o estatuto da advocacia, o profissional deveria ficar preso provisoriamente em  uma sala de estado maior.

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-AM) informou que não há sala de estado maior, portanto, o certo seria buscar a prisão domiciliar. Entramos com pedido no TRF, a primeira liminar foi indeferida, mas entramos com recurso no próprio tribunal. Acredito que será apreciado antes do fim do ano”, disse.

Neto declarou, ainda, que os advogados estão sendo bem tratados e não teve conhecimento de ameaças dentro da prisão. “Até onde sei, eles estão bem. Uma advogada chegou a ter uma crise de hipertensão, mas foi atendida e passa bem. Não soube de ameaças. A Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-AM irá visitá-los neste sábado (12) para saber se houve qualquer tipo de ameaças”, disse.

De acordo com o presidente da Comissão de Prerrogativas, Christian Naranjo, as advogadas estão isoladas na área do berçário do CDPF. “As condições não são ideais, mas não soube nenhum problema até agora. Fazemos visitas regularmente, hoje também iremos lá para saber como eles estão”, disse.

Operação ‘La Muralla’
No dia 20 de novembro, em ação coordenada, cerca de 400 policiais federais, 300 policiais militares do Batalhão de Choque e do Grupo Fera da Polícia Civil do Estado do Amazonas cumpriram 127 mandados de prisão preventiva, 67 mandados de busca e apreensão, sete buscas em presídios estaduais, 68 medidas de sequestro de bens, além do bloqueio de ativos registrados em 173 CPFs e CNPJs ligados a integrantes da organização criminosa, todos determinados pela Justiça Federal no Amazonas

A operação teve o objteivo de desarticular uma facção criminosa que atuava dentro do sistema prisional do estado. Além do crime de tráfico de armas, a organização criminosa é suspeita de praticar lavagem  dinheiro, evasão de divisas, roubo, homicídios, sequestro, tortura e corrupção de agentes públicos.

Amazonianarede-JAM

 

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