Manaus – O sonho de um pedaço de terra para construir uma simp0les moradia e se abrigar do sereno, sol e chuva, se transformou em pesadelo para centenas de famílias invasoras de uma área de preservação ambiental, na zona oeste de Manaus, próxima no Tarumã, denominada pelos ocupantes de “ cidadã da luz”.
Ontem os ocupantes de área, homens, mulheres, crianças e idosos, viveram um dia de muita tensão, terror e destruição. Ontem, logo cedo a apareceu e iniciou a operação determinada pela Justiça para a reintegração de posse, era o início da transformação do sonho em pesadelo dos invasores, que na realidade,, não tinham para onde ir, por isso, o desespero.
As famílias que ocupavam irregularmente a área, desesperadas e chorosas, começaram a ser retiradas das áreas, com a derrubada dos barracos e o vai e vem de carros para transportar os objetos dos invasores, que na realidade não tinham um novo endereço. Alguns procuram agasalhos nas cassa de parentes e amigos, outros, só tinham as ruas para ficar e nada mais.
De acordo com o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), cerca de 700 homens estão envolvidos na ação. De acordo com a polícia, três pessoas foram presas por desacato.
Degradação ambiental
A Ação Civil para a retirada de barracos do local foi movida pela Prefeitura de Manaus sob alegação de degradação ambiental. No entanto, a área também é reivindicada por um empresário para construção de edificações.
Um segundo processo tramita na Justiça Federal e aguarda manifestação do Ministério Público da União (MPU).
Houve confronto no local. A polícia precisou usar bombas de efeito moral para dispersar os ocupantes. O defensor Carlos Almeida Filho disse à Rede Amazônica que a polícia precisou usar de força para conter os envolvidos. Por volta das 9h30, a situação havia sido controlada.
Fogo no corpo
O coronel James Frota, comandante da PM, informou que um morador chegou a atear fogo no próprio corpo em represália à ação. Um policial que prestou socorro ao homem ficou ferido. Os dois foram levados para o Hospital 28 de Agosto. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Cáritas
A Cáritas Arquidiocesana de Manaus realizou nas últimas duas semanas um levantamento na área invadida. O balanço parcial aponta existência de 1.900 famílias e mais de 8 mil pessoas morando na Cidade das Luzes.
Conforme o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), ao menos 200 pessoas moram na comunidade Cidade das Luzes.
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