Núcleo de robótica da UEA lança projeto que transforma língua de sinais em voz

Projeto da UEA transforma língua de sinais em voz
Projeto da UEA transforma língua de sinais em voz
Projeto da UEA transforma língua de sinais em voz

Amazonas – A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do Núcleo de Robótica e Automação da Escola Superior de Tecnologia (EST), lançou nesta segunda-feira, 18 de maio, o “Projeto Giullia – A mão que fala”, que consiste em transformar, por meio de um sensor, a Língua de Sinais em palavras ou frases sincronizadas.

A solenidade de apresentação do projeto foi realizada no Núcleo de Robótica da EST, localizada na Avenida Darcy Vargas, Parque Dez, zona centro-sul de Manaus.

Com o Projeto Giullia, foi desenvolvida uma pulseira com sensor capaz de traduzir em som o significado de movimentos de quem está utilizando o equipamento. “Essa pulseira é posicionada logo abaixo do cotovelo da pessoa. Assim, capta os sinais biológicos dos músculos do antebraço e da mão. Os sinais vêm da excitação dos músculos. O sensor capta esses sinais e os transmite, via bluetooth, para um aparelho celular”, explica o professor da UEA, Manuel Augusto Pinto Cardoso, que desenvolveu o projeto.

O professor, que atua no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento do Núcleo de Robótica e Automação da UEA, destaca ainda que um algoritmo matemático deve ser implementado no celular que vai receber os sinais do sensor. Esses dados irão simular o funcionamento das redes neurais, possibilitando a sintetização em voz.

“É uma tecnologia baseada em Inteligência Artificial (IA). As ondas matemáticas aprendem a reconhecer o padrão relativo aos movimentos do antebraço e da mão. Esses movimentos serão associados a frases feitas ou letras”, explicou o pesquisador.

Para o reitor da UEA, Cleinaldo Costa, esse trabalho é motivo de comemoração para a sociedade. Tendo em vista que, segundo o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 9 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, a novidade será capaz de permitir a essas pessoas uma comunicação quase que em uma linguagem natural, proporcionando-lhes melhores condições de inserção social.

“É um projeto ousado que vai melhorar a vida e trazer a certeza da cidadania para as pessoas com deficiência auditiva, da fala e compreensão. E a UEA contribui com esse esforço desenvolvido pelos nossos professores e alunos para beneficiar a população amazonense”, comentou o reitor.

O coordenador do Grupo de Robótica e Automação, Marivan Gomes, reforça as palavras do reitor, destacando a importância das Tecnologias Assistivas que estão sendo desenvolvidas pela UEA. “Neste caso, essa novidade ajudará na superação das dificuldades de comunicação que existem não apenas nas pessoas com deficiências, mas também para quem não conhece a linguagem dos sinais”, ressalta.

Giullia

– O nome do projeto é uma homenagem a uma jovem, já falecida, que, logo ao nascer, teve suas atividades cerebrais prejudicas em virtude de uma bactéria adquirida ainda na maternidade.

Ela foi uma das beneficiadas com o projeto “Mouse Ocular”, também de autoria do professor Manuel Cardoso, um equipamento que permite que pessoas com deficiência motora naveguem na internet e escrevam texto no computador utilizando sensores conectados ao movimento dos olhos.

Amazonianarede-UEA

 

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