(Por: Carlos de Souza)
Em 1995, o Nacional disputou a Série C do Campeonato Brasileiro e ficou bem perto do acesso à Série B, mas parou no Clube do Remo, num mata-mata na quarta fase da competição.
O Nacional venceu perdeu em Manaus por 2 a 0 e venceu em Belém, por 1 a 0, mas faltou um gol para o acesso.
No time de 2005, o Nacional tinha um volante experiente e que ficou na memória do torcedor, pelo bom futebol que apresentou, pelo caráter e a dedicação em campo com a camisa do Nacional, Márcio Gríggio.
Infelizmente, na partida em Belém, o jogador sofreu uma fratura na bacia e acabou encerrando a carreira precocemente, aos 34 anos. Sem poder jogar, Márcio optou pela carreira de treinador e foi no Nacional que deus os primeiros passos, como auxiliar do técnico Luis Carlos Winck.
Hoje, com 41 anos, Márcio dirige as divisões de base do São Caetano. Gríggio diz que tem boas recordações de Manaus e do Amazonas e que tem saudades dos amigos.
Confira o bate-papo com Márcio Gríggio
NFC – Você jogou em vários clubes do Brasil e, entre eles, o Nacional. Qual a lembrança que você guarda de Manaus?
– A lembrança que guardo de Manaus e especificamente do Nacional é ter encerrado minha carreira de atleta e iniciado a de treinador de futebol, sem ter nenhuma dúvida.
NFC – No time de 2005, quando o Nacional passou perto do acesso à Série B, você era um dos craques do time. O Nacional perdeu em casa por 2 a 0 e venceu por 1 a 0, fora de casa. Qual o conselho que você dá aos jogadores do Nacional, na decisão de domingo contra o Salgueiro (PE)?
– Naquele campeonato tropeçamos em casa contra o Remo devido a algumas trocas de jogadores que dias antes o treinador Nei fez, causando desentrosamento na equipe. Já no segundo jogo, voltou a equipe que já estava entrosada quando da chegada do Luiz Carlos Vinck e buscamos reverter a situação, pois sabíamos e acreditávamos que tínhamos força para virar o placar. Vencemos, mas, pena que não foi o suficiente para seguirmos adiante.
“O conselho que dou aos jogadores contra o Salgueiro é que façam sempre o melhor possível como se fosse o último jogo de suas vidas. Desafiem suas capacidades e verão que vocês conseguem muito mais do que pensam”.
NFC – Naquele 16 de outubro, no Mangueirão, você teve uma fratura que abreviou sua carreira. Qual o sentimento depois de passar tanto tempo sem trabalhar e sem se preparar para encerrar a carreira?
– Naquele 16 de outubro no Mangueirão, aconteceu aquela contusão na minha bacia onde fui obrigado a parar minha carreira, mas não fiquei lamentando muito não, pois já estava me preparando para o que faria quando chegasse o final. Iniciaria ali minha nova vida e teria que ter novas atitudes e trilhar novos caminhos para também ter novas realizações onde apagariam minhas tristezas e diminuiriam minhas saudades do futebol. Gosto muito de viver e de vencer, sendo assim busco novos desafios sempre com muita confiança em meu conhecimento.
NFC – Hoje você trabalha nas divisões de base do São Caetano. Quando o torcedor vai vê-lo trabalhando como técnico de uma equipe profissional?
Sobre ser técnico de futebol, já trabalhei em algumas equipes de São Paulo e obtendo bons resultados. Hoje trabalho como coordenador das categorias de base do AD São Caetano, onde direciono os trabalhos para melhoria de qualidade dos treinadores e dos treinamentos. Estou aguardando propostas de projetos das equipes para comandar como treinador.
NFC – Agora fique à vontade para escrever sobre sua passagem pelo Amazonas defendendo o Nacional.
Tenho muitas saudades do Amazonas, pois gostei muito de ter morado durante mais de 1 ano e defendendo o nacional. Me adaptei muito bem com o clima, alimentação e fiz grandes amizades. Espero voltar algum dia.