Militares ocupam fronteira do Amapá durante Operação Ágata

11-05agataMacapá – O governo do Amapá colocou o aparato de segurança e outros segmentos do estado à disposição das Forças Armadas do Brasil pelos próximos dias, quando o Exército Brasileiro, com apoio da Marinha e da Aeronáutica, vai comandar uma megaoperação em todas as zonas de fronteira do país – entre as quais a de Oiapoque, no extremo Norte amapaense.Deflagrada no amanhecer deste sábado, 10, a Operação Ágata integra os mecanismos de defesa dos governos Federal e estaduais. A ação militar visa combater crimes em pontos estratégicos localizados ao longo dos 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos e os territórios ultramarinos estrangeiros na fronteira amapaense. Segundo o comando do Exército, a operação mobiliza 25 mil agentes das Forças Armadas.

No Amapá, uma tropa composta por cerca de 2 mil integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica recebe o apoio das polícias Civil e Militar do Estado, com informações dos serviços de inteligência das duas instituições. A Secretaria de Estado de Transportes também deslocou ao município de Oiapoque máquinas para abrir acesso terrestre à faixa de fronteira com a Guiana Francesa e o Suriname.

Os últimos detalhes da participação do Estado na operação foram definidos na sexta-feira, 9, durante reunião no Palácio do Setentrião com o governador Camilo Capiberibe e o general de brigada Theophilo Gaspar, que vai dirigir as ações no território amapaense.

Para o chefe do Executivo, a cooperação entre os mecanismos de defesa amplia e reforça as ações na fronteira. Segundo o general Theophilo, no Amapá, tropas do Exército fiscalizam localidades como a Ilha Bela, conhecida por ser um ponto de encontro para garimpeiros ilegais que contrabandeiam ouro e outros produtos. Também foram montadas barreiras em pontos estratégicos de fluxo de pessoas.

Já a Marinha age com dois navios para dar acesso a regiões íngremes, aonde existem focos de crimes ambientais como a pesca ilegal, captura de animais silvestres e extração irregular de madeira. A Aeronáutica também deslocou aeronaves para cobrir toda a fronteira amapaense, com o principal objetivo de localizar pistas de pouso clandestinas – normalmente usadas por traficantes e contrabandistas.

A Operação Ágata faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado em 2011, pela presidente Dilma Rousseff. O objetivo do Plano é inibir a incidência de ilícitos na região de fronteiras.

Essa é a 8ª edição da ação militar. Este ano, o reforço tem se voltado à segurança da Copa do Mundo, que começa em junho. As ações envolvem os onze estados que fazem fronteira com a Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Além das Forças Armadas Brasileiras, há outros órgãos federais e estaduais, como a Polícia Federal (PF), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria da Receita Federal (SRF), o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a Força Nacional de Segurança (FNS) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O escopo da operação integra: interdição de atracadouros clandestinos e garimpos ilegais, patrulhamento naval, bloqueio e controle de estradas, patrulhamento ostensivo juntamente com órgãos de segurança pública estaduais, revista de pessoas, embarcações, aeronaves e instalações, operação de busca e apreensão e até interceptação de aeronaves suspeitas e ações cívico-sociais nas comunidades carentes.

Fonte: Diário do Amapá

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