Menina haitiana continua na casa do pastor Sabino até a Justiça definir a guarda

Pastor Sabino C. Branco e o tio, lutam pela guarda da criança haitiana

 

Pastor Sabino C. Branco e o tio, lutam pela guarda da criança haitiana
Pastor Sabino C. Branco e o tio, lutam pela guarda da criança haitiana

Manaus – A polemica em torno do destino da menina haitiana de três, quem tem gerado uma grande polemica pela sua guarda em Manaus, envolvendo o ex-deputado federal e agora pastor evangélico Sabino Castelo Branco e um tio da criança, continua dando muito o que falar e dividindo a opinião pública, que na maioria, apoio que a criança fique com familiares.

Por decisão da Justiça, a criança, alvo da disputa, vai continuar com o pastor até que saia a decisão do processo que pede que a criança seja entregue à Vara da Infância e Juventude. A informação é do advogado de Sabino, Leonardo Toledano, presente em uma delegacia na tarde desta quinta-feira (14).

A defesa do ex-deputado e o tio da criança estiveram nesta quinta na sede da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e Adolescente (Depca). O tio da menina, Lucius Popoti, não quis falar com a imprensa.

A dona de casa Ana Cláudia Pires, que cuida da criança enquanto o tio trabalha, também compareceu à Depca. “O pai da menina disse que o Sabino está ligando para ele e pedindo autorização para ficar com a criança. O pai já negou”, disse.

Segundo ela, o pai da haitiana está no Ceará, enquanto a mãe continua no Haiti. Ana Paula disse que a menina veio para Manaus com uma tia para fazer uma cirurgia e, por falta de condições financeiras, apenas essa tia retornou para o Haiti, deixando a criança sob os cuidados de Lucius, que já morava na capital.

Empregado de Sabino

A cuidadora informou ainda que o tio da menina trabalhava em uma empresa de Sabino Castelo Branco. O haitiano também frequentava uma igreja onde o ex-deputado frequenta. Segundo Ana Cláudia, Sabino pediu que a menina passasse o fim de semana na casa dele. Era a primeira vez que isso ocorreria.

“Na terça-feira (12), nós fomos na igreja a convite dele para buscar a criança, mas a partir desse momento ele não permitiu mais que a criança viesse”, relatou. “[O Lucius] só entregou a criança para passar o fim de semana porque ficou constrangido em dizer não pro Sabino, que era patrão e pastor dele”, acrescentou.

Ana Cláudia voltou a afirmar que foi agredida pelo ex-deputado. “O Sabino tomou a criança bruscamente do meu braço. Inclusive, com a chave do carro que estava na mão dele, machucou meu braço e meu estômago”, acusou.

Maus tratos

A defesa do ex-deputado também continua a alegar que a menina sofria maus-tratos. “Ela estava debilitada, desnutrida. Lá na casa do Sabino, ela tem outras crianças e atenção”, defendeu.

Ana Paula rebateu a justificativa da defesa. “Nós temos testemunhas de que isso não é verdade, nem quando ela está comigo nem quando ela está com o tio. A gente pode não morar num palácio como [o Sabino] mora, mas onde ela vive ela não passa fome, não vive suja”, ressaltou.

A delegada Regiane Lacerda, da Depca, disse que agora o caso está nas mãos da Justiça. “A delegacia tomou todas as providências criminais e agora à tarde recebemos o advogado do Sabino trazendo uma decisão da Justiça para que ele entregue a criança na Vara da Juventude. Tem outras situações que não podemos entrar em detalhe por se tratar de uma criança”, comentou.

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