Médico Mouhamad Moustafa e testemunhas ouvidos na operação Maus Caminhos

Médico Mouhamad Moustafa (foto) que esta é preso é apontado como chefe de uma esquema de desvio de verbas na saúde pública no Amazonas
O Médico Mouhamad Moustafa (foto) que esta é preso é apontado como chefe de uma esquema de desvio de verbas na saúde pública no Amazonas

A Justiça do Amazonas deve ouvir, a partir desta quinta-feira (6), réu e testemunhas do processo que apura o envolvimento do médico Mouhamad Moustafa com os crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma. Moustafa também é acusado de desvio de verbas públicas em processo tramita na Justiça Federal.

Moustafa, que é apontado como chefe de um esquema na saúde pública no Amazonas, teve o patrimônio multiplicado 88 vezes de 2012 a 2015. Os crimes foram apontados durante investigações da operação “Maus Caminhos“, deflagrada pela Polícia Federal no dia 20 de setembro. O médico está preso no Comando de Policiamento Especializado (CPE), em Manaus.

O processo em que Moustafa será ouvido nesta quinta tramita na Justiça Estadual e se refere à suspeita de envolvimento dele com tráfico de drogas. Entorpecentes e arma foram encontradas na residência dele na ocasião em que a Polícia Federal deflagrou a operação Maus Caminhos.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas, a audiência de instrução e julgamento ocorrerá na 4ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute), em Manaus, nesta tarde. Devem ser ouvidos três testemunhas de acusação e cinco de defesa, além do réu.

Fraudes na saúde

O montante desviado na fraude supostamente liderada por Mouhamad Moustafa ultrapassa R$ 112 milhões. O dinheiro era utilizado na aquisição de bens de alto padrão, como avião a jato e shows particulares de bandas famosas no país.

A investigação que apontou a existência da fraude iniciou a partir de uma análise da CGU sobre a concentração atípica de repasses do Fundo Estadual de Saúde ao Instituto Novos Caminhos (INC), que é uma organização social sem fins lucrativos.

Segundo a PF, o grupo utilizava uma entidade social – no caso, o Instituto Novos Caminhos – para fugir dos procedimentos licitatórios regulares e permitir a contratação direta de empresas prestadoras de serviços de saúde administradas, direta ou indiretamente, por Mouhamad Moustafa.

De acordo com informações obtidas pelo G1, as fraudes nos serviços públicos de saúde do Estado do Amazonas propiciavam aos envolvidos no esquema uma vida luxuosa.

Amazonianarede-Rede Amazonica

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.