Malária foi tema destaque do primeiro dia da formatura do Programa de Epidemiologia de Campo

Malária foi tema destaque do primeiro dia da formatura do Programa de Epidemiologia de Campo

Manaus, AM – A malária foi um dos temas de destaque no primeiro dia de apresentação dos formandos de Epidemiologia Aplicada aos Serviços do EpiSUS, evento realizado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), em parceria com Ministério da Saúde.

O Amazonas passa a contar com mais 25 epidemiologistas na capital e municípios-polos. A cerimônia segue nesta sexta-feira (14/12), no auditório da FVS, situado na avenida Torquato Tapajós, nº 4.010, Colônia Santo Antônio.

Durante a abertura da solenidade, o diretor-presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, parabenizou os técnicos por persistirem no desafio que durou três meses, com muita superação. “Sei que vocês não são mais os mesmos do que quando entraram nessa jornada. Sei também que alguns ficaram ao ponto de desistir, mas, apesar das dificuldades, enfrentaram e superam as necessidades apresentadas durante o processo de aprendizagem”, disse Bernardino, destacando o formato dinâmico do treinamento em serviço.

Na ocasião, Bernardino Albuquerque lembrou que, no decorrer do surto de sarampo no Estado, a FVS contou com o apoio indispensável dos técnicos formados nas primeiras turmas do curso. “Quando aceitamos o desafio de implantar o treinamento no Amazonas, já trabalhávamos com possíveis eventos adversos e, desta forma, conseguimos através da epidemiologia aplicada no serviço, trabalhar os dados que entravam no sistema de forma mais eficiente e assim direcionando as nossas ações para buscar os melhores resultados”, avaliou.

Pesquisas  

A primeira a apresentar o produto final do curso foi a coordenadora de Imunização de São Gabriel da Cachoeira, Cléia Soares Martins, que destacou a dinâmica de transmissão da malária no território da Unidade Básica de Saúde Dabarú, no município.

“Durante o estudo, foi identificado que mais da metade dos pacientes atendidos na UBS eram oriundos do bairro Tiago Montalvo, localizado próximo ao igarapé, apontado pelos agentes como o principal criadouro natural do mosquito. Diante da informação, as ações de controle à malária foram direcionadas para esta área, com a finalidade de reduzir os casos da doença”, relatou.

Tema

A malária também foi tema do gerente de combate à endemias de Iranduba, Antônio Marcos Blak, que descreve a situação epidemiológica, por meio da série histórica da doença no município, no período de 2008 a 2017.

“A análise demonstrou que a faixa etária mais acometida foi de 20 a 39 anos, embora outras tenham apresentado um número representativo, como, por exemplo, de 15 a 19 anos, 60% dos casos eram em homens jovens adultos que trabalhavam na zona rural e que não utilizavam medidas preventivas à doença ou quando doentes não mantinham o esquema terapêutico adequado e, desta forma, tinham recaída de malária”, disse Antônio. Com a informação, a Secretaria Municipal de Iranduba passou a elaborar uma estratégia de educação em saúde voltada para este perfil epidemiológico.

Parceria

O financiamento do curso foi disponibilizado pelo MS, através do Programa da Sífilis e EpiSUS. Em contrapartida, a FVS ficou responsável por viabilizar o treinamento junto aos municípios participantes, em parceria com a Coordenação Estadual de IST/HIV/AIDS/HV.

De forma pioneira, no Estado, foram realizadas três turmas de treinamento. A primeira, com os profissionais de Manaus e Região Metropolitana e, a segunda turma, com os municípios que compõem a Região de Saúde do Alto Solimões e Tríplice Fronteira.

Desta vez, participaram 25 profissionais dos municípios de Iranduba, Coari, Juruá, São Gabriel da Cachoeira, e instituições como maternidades estaduais (Balbina Mestrinho e Nazira Daou), Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Alfredo da Matta (FUAM) e a Coordenação Estadual de IST/HIV/AIDS/HV da Secretaria de Estado da Saúde (Susam).

Amazoinarede-Secom

 

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