Um dos distritos mais afetado pela enchente do rio Madeira deste ano, São Carlos – distante de Porto Velho cerca de 100 quilômetros – aos poucos começa a se recuperar da tragédia provocada pelo fenômeno natural.
Na região desde a última quinta-feira, 28, uma equipe da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) trabalha na limpeza do distrito com a remoção de sedimentos e entulhos que estão obstruindo as vias, impedindo o trânsito das pessoas.
De acordo com o administrador do distrito, Ednardo Souza Medeiros, a previsão é de que dentro de 20 dias o serviço seja concluído.
“Infelizmente sofremos essa tragédia, mas estamos nos recuperando e essa limpeza é importante para que a comunidade recupere a autoestima e possa recomeçar”, afirmou.
Um levantamento feito pelo Departamento de Assuntos do Interior (DAI) constatou que 5,3 quilômetros de vias, foram obstruídas e precisam ser limpas.
O volume de entulho e sedimentos a ser retirado gira em torno de 2,78 mil metros cúbicos. São 11 ruas obstruídas. Também haverá a necessidade de serem reconstruídas seis escolas: Renato Medeiros, na comunidade de Itacoã; Alzira Falcão, em Bom Serazinho; Henrique Dias, na sede do distrito; Aníbal Martins, em Curicacas; Leocádio Pardo, em Terra Caída; e São Luiz Gonzaga, na comunidade de Brasileira, além do alojamento dos professores.
A sede administrativa distrital onde funcionam os correios, foi outro prédio público afetado, assim como as unidades de saúde de Terra Caída, Itacoã e a do núcleo urbano do distrito, e necessitarão de reparos para voltar a funcionar com atendimento à população.
“Tem também a questão da passarela de madeira entre as ruas Álvaro Costa e a rua da Beira e a escadaria que precisam ser desenterradas e recuperadas. Só a passarela, são sessenta e cinco metros. Tem também o campo de futebol que precisa ser limpo”, lembrou o diretor do DAI, Francisco Alves Araújo, o “Tyer”. (AI)
Mais de 700 famílias foram atingidas pela enchente
No distrito, 716 famílias foram afetadas pela enchente e tiveram que ser removidas para Porto Velho onde permaneceram enquanto o distrito ficou debaixo d’água. Dessas, cerca de 400 continuam recebendo auxílio do município com doação de água e cesta básica.
O diretor do DAI, Francisco Alves Araújo, o “Tyer” afirma que a comunidade reconhece o empenho do prefeito Mauro Nazif, e as famílias reclamam apenas da lentidão nas respostas do auxílio pecúnia e da construção das novas moradias para as famílias.
O auxílio pecúnia não é responsabilidade do município e as novas residências para serem construídas é preciso primeiro definir a área para onde os moradores serão remanejados.
O administrador Ednardo Medeiros lembrou que o governo do Estado ficou de comprar uma área de 150 hectares, em Aliança, onde seria construída a Nova São Carlos. Mas até agora a pendência ainda existe. Após a aquisição do lote, a área seria doada à prefeitura para fazer a regularização.
Fonte: Diário da Amazônia