Manaus – Foi lançada na noite desta quarta-feira, 22, a versão restaurada do filme “No Paiz das Amazonas”, do cineasta luso-brasileiro Silvino Santos.
A programação faz parte do Circuito Cultural Paço da Liberdade, onde foi realizada, em comemoração aos 345 anos de Manaus.
O evento apresentou ainda cinco novos livros que retratam a história do Amazonas, todos viabilizados pelo projeto Memória Reencontrada.
Organizadas pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Eventos e Turismo (ManausCult), as atividades são coordenadas pelo Conselho Municipal de Cultura (Concultura).
O presidente do Concultura, Márcio Souza, destacou que o relançamento do filme, restaurado, significa o resgate da história do Amazonas e da produção cinematográfica no Estado.
“O filme foi restaurado para ser colocado por mais 100 anos à disposição da história, dos cinéfilos. Tudo isso resulta desse projeto maravilhoso chamado Memória Reencontrada”, explicou.
Sobre os livros, Márcio Souza destacou que o critério de lançamento foi o conteúdo histórico das obras, que deve perpetuar as gerações futuras sobre a cultura do Amazonas.
Ele citou como exemplo o livro ‘Cancioneiros de Manaus: Obras do Maestro Nivaldo Santiago’, que apresenta as partituras de músicas nosso folclore.
“Não há registro da música dos romanos porque não deixaram partituras, já os gregos tiveram essa preocupação e as civilizações seguintes obtiveram informação sobre suas músicas. Estamos fazendo isso com nossas canções”, disse o presidente do Concultura.
Os outros livros lançados foram ‘De Pássaro Para Peixe: Como os pássaros descem do céu e se transformam em peixes’ e ‘As Estrelas de Chuva: o ciclo anual de chuvas e enchentes’, de Janet Chernela; ‘Poesia na Floresta: A Obra de Severiano Porto no Amazonas’, de Roger Abrahim e ‘Italianos em Manaus’, de Luiz Geraldo Demasi.
Para Roger Abrahim autor do livro Poesia na Floresta: A Obra de Severiano Porto no Amazonas’, que retrata parte do trabalho de Severiano Porto, é para quem gosta do bom trabalho voltado à arquitetura.
“O livro se destina essencialmente às pessoas que gostam de coisas bonitas, antes de mais nada. Severiano é um pioneiro nas construções sustentáveis, antes mesmo de se falar nesse assunto”
Quem foi aos lançamentos teve a oportunidade de apreciar também a exposição de fotos, que retrata a viagem de Silvino Santos a Putumayo, aos seringais do peruano Júlio Cesar Arana, que conseguiu enriquecer dizimando tribos indígenas da Amazônia.
O Paço da Liberdade fica na Rua Gabriel Salgado, S/N, no centro da cidade e funciona no horário de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Matéria: Ulysses Marcondes
Foto: Marinho Ramos/Semcom