Justiça Eleitoral de Rondônia relata os prejuízos com a cheia

29-05roPorto Velho, RR – Com a cheia histórica do rio Madeira, que bateu a marca de 19,74 metros, segundo a medição realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA), a sede do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), do Fórum Eleitoral onde se concentra as setes zonas eleitorais da Capital, o almoxarifado e o estacionamento ficaram cerca de 3 meses submersos. Com a vazante do rio, a estrutura física do prédio, 100% das redes elétricas, sanitárias e de cabeamentos ficaram completamente comprometidas. Na manhã de ontem, o presidente do TRE, desembargador Moreira Chagas, esteve nas instalações da sede e apontou três cenários possíveis para resolver a situação definitiva da Corte Eleitoral.

Segundo o desembargador, a estrutura física do prédio passará por uma perícia técnica, a fim de analisar a possibilidade de retorno para o local. “Nosso primeiro cenário é a reforma da sede, só que antes é necessário realizar uma perícia técnica no local. Caso a perícia aponte que podemos retornar para o prédio, os custos com a reforma poderão chegar a R$ 8 milhões. Entretanto, caso a perícia seja positiva, precisamos levar em conta a possibilidade de sermos vítimas de outra enchente. Técnicos da área afirmam que esse acontecimento é bicentenário, mas ninguém pode ter certeza disso”, calcula o presidente do TRE.

O órgão está funcionando no Centro Político Administrativo (CPA) onde deve permanecer até o término das eleições e diplomação dos candidatos. “Infelizmente, sabemos do incômodo de funcionar em prédio emprestado, mas não nos resta alternativa neste momento de preparativos para o pleito eleitoral desse ano. Em uma avaliação primária é possível constatar que uma reforma nas instalações do TRE demoraria, pelo menos, seis meses, o que inviabilizaria o retorno das atividades para o local ainda este ano”, afirma o desembargador.

Construção de uma nova sede

O desembargador Moreira Chagas esclarece que outros cenários precisam ser levados em consideração caso a perícia feita no prédio afetado seja negativa. “No segundo cenário, levantamos a hipótese da construção de uma nova sede, em um lugar que não corra o risco de ser afetado por uma nova enchente. Caso seja essa a alternativa escolhida, o custo poderia chegar a R$ 100 milhões em um período de quatro anos, uma vez nesse processo de construção, teríamos que alugar um prédio para abrigar o TRE temporariamente, o que teria um custo mensal de aproximadamente R$ 200 mil”, expõe.

Ainda segundo o presidente do TRE, caso os outros dois cenários não sejam viáveis, a terceira hipótese apontada seria a compra de um prédio pronto. “Esse terceiro cenário é o mais sensato, por ser o mais econômico. Existem ofertas na Capital de prédios entre R$ 25 e R$ 30 milhões já prontos e que com um pouco mais ou um pouco menos poderiam ser adaptados e atenderiam perfeitamente às expectativas do tribunal. O custo para tudo isso não chegaria a R$ 35 milhões, o que significa uma terço do segundo cenário”, finaliza o desembargador Moreira Chagas.

Laila Moares – Repórter do Diário da Amazônia – Foto: Roni Carvalho

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