JM anuncia R$ 3,8 milhões para abertura de agroindústrias de mandioca e açaí em Nova Olinda

O saboso açaí, fruto da Amazônia
O saboso açaí, fruto da Amazônia
O saboroso açaí, fruto da Amazônia

Nova Olinda do Norte (a 135 quilômetros de Manaus), na calha do rio Madeira, está sendo preparada para se transformar em polo produtor de mandioca no Amazonas. Do pacote de investimentos previsto com o Plano Safra, o Governo do Estado anunciou o montante de R$ 3,8 milhões em subvenção e crédito para abertura de três agroindústrias na cidade, duas de processamento de mandioca e uma de frutas – com enfoque para o açaí e o abacaxi.

Além de produzir farinha popular à mesa dos amazonenses, as agroindústrias devem inovar apostando em derivados como a fécula de olho no mercado consumidor das empresas do Polo Industrial de Manaus.

A abertura das agroindústrias foi anunciada pelo governador José Melo durante o lançamento do Plano Safra em Nova Olinda do Norte no último sábado, 16 de janeiro. A cidade terá um aporte total de R$ 15 milhões em recursos destinados ao setor primário que incluem crédito e subvenção agrícola, mecanização da terra e extensão rural.

Subvenção para o calcário e a oferta de patrulhas mecânicas para grupos de produtores também estão previstas. A prioridade será o cultivo e a produção de farinha, mas os recursos também vão contemplar outras atividades agrícolas e serão distribuídos em mecanização e subsídio de calcário com a melhoria de uma área de 400 hectares.

Vocações regionais

“O nosso plano da produção é voltado às vocações regionais. São recursos empregados para impulsionar as atividades e estimular o desenvolvimento econômico, atraindo o capital privado. Queremos criar peixe em cativeiro e fazer fruticultura, investimentos para o povo pensando no futuro”, disse José Melo.

A implantação das agroindústrias de mandioca já está sendo negociada pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). No caso da agroindústria de processamento de polpa de fruta, o investimento será privado com financiamento governamental e suporte no desenvolvimento do mapa de gestão. Para as duas empresas de mandioca, a Sepror está em conversas com a cooperativa de Nova Olinda e com empresários para decidir o modelo mais adequado.

Mandioca, matéria primira da farinha, indpensável nas mesas amazonenses
Mandioca, matéria prima da farinha, indispensável nas mesas amazonenses

“O investimento da agroindústria será via crédito. Recurso com subvenção. Estamos estudando duas alternativas para as agroindústrias de mandioca. Ouvir a cooperativa e empresários para decidir qual a melhor forma. A de açaí será um empresário que irá se instalar aqui com o compromisso de adquirir toda a produção de açaí, abacaxi e outras frutas com a possiblidade de beneficiamento e melhora da qualidade do preço, agregando valor”, frisou o secretário de Produção Rural, Sidney Leite.

Segundo o titular da Sepror, os recursos para apoiar a abertura das agroindústrias virão da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), dos bancos privados e de fundos que o governo amazonense ainda não acessava, como o Pronaf Agroindústrias. Sidney Leite tem viagem programada ao Paraná para conhecer o modelo de beneficiamento de fécula executado por lá.

“O nosso objetivo é que essa fécula produzida em Nova Olinda do Norte possa abastecer o mercado consumidor de Manaus e, principalmente, as empresas do Distrito Industrial que necessitam e compram a fécula. Iniciamos a experiência no município de Autazes e aqui será a segunda cidade na qual estamos priorizando essa atividade no sentido de agregar renda”, reforçou Sidney Leite.

De acordo com o secretário, a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) vai fazer todo um estudo para sua alocação no mercado consumidor de Manaus e também para exportação, com objetivo de assegurar alternativas rentáveis de escoamento da produção das agroindústrias.

Amazonianarede-Secom

 

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