Iluminação do Teatro Amazonas chama atenção para a luta contra a hanseníase

Iluminação do Teatro Amazonas chama atenção para a luta contra a hanseníase

Manaus, AM – O Janeiro Roxo, mês dedicado à luta contra a hanseníase, foi encerrado no início da noite desta quarta-feira (31/1), com a iluminação do Teatro Amazonas na cor roxa. A ação da Prefeitura de Manaus, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em parceria com a Fundação Alfredo da Matta e Secretaria de Estado de Cultura (SEC), teve o objetivo de chamar a atenção da população para a prevenção e controle da hanseníase na capital. Equipes de saúde também fizeram a distribuição de material informativo sobre a doença no Largo de São Sebastião.

Ao longo do mês, a Semsa intensificou as ações de diagnóstico da hanseníase nas Unidades Básicas de Saúde, realizou mutirões dermatológicos e lançou uma campanha de esclarecimento sobre a doença, destacando a importância de se suspeitar de manchas na pele com falta de sensibilidade ao frio, ao calor ou à dor (um dos principais sinais da hanseníase), além de orientar para a busca de diagnóstico nas unidades públicas de saúde logo após a suspeita.

Unidades preparadas

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, ressalta que todas as unidades de saúde do município estão preparadas para fazer a triagem dos pacientes com suspeita de hanseníase, e que unidades de atendimento referencial realizam o tratamento e acompanhamento dos casos confirmados. “Em janeiro, nós intensificamos as ações, mas ao longo do ano o trabalho continua, inclusive com novas campanhas, como a que será realizada em março nas escolas da rede municipal”.

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase, Eunice Jacome, informa que, no Amazonas, entre os anos de 2000 e 2017, a incidência caiu de 44,3 casos por 100 mil habitantes para 10,98 casos por 100 mil habitantes, e que no ano passado foram confirmados 446 casos novos no estado, dos quais 126 detectados em Manaus. “Há uma diminuição no número de casos de hanseníase, mas o trabalho de esclarecimento, diagnóstico e tratamento precisa ser constante”.

A iluminação de monumentos públicos foi uma ação coordenada em todo o Brasil e coincidiu com o lançamento, pelo Ministério da Saúde, da campanha nacional de combate à doença: “Hanseníase: Identificou. Tratou. Curou”.

A doença

A hanseníase, também conhecida como lepra ou mal de Hansen, é uma doença infecciosa, não hereditária, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), que se manifesta, principalmente, por lesões na pele e nos nervos periféricos.

Manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, geralmente com perda da sensibilidade à dor, ao calor, ao frio e ao tato podem ser hanseníase.

O diagnóstico é feito por exame clínico (geral e dermatoneurológico), oferecido pela rede pública de saúde, que também oferece gratuitamente o tratamento, feito com um conjunto de medicamentos (tratamento polioquimioterápico – PQT).

A hanseníase é transmitida de uma pessoa infectada (sem tratamento) pelo bacilo de Hansen para uma pessoa sadia, por meio de secreções nasais, tosses e espirros. As chances de transmissão são maiores quando o contato com a pessoa doente é prolongado, em ambiente fechado, com pouca luz solar e pouca ventilação.

Apesar da alta capacidade de transmissão do bacilo de Hansen, poucas pessoas (as mais suscetíveis) adoecem, pois a maior parte da população possui defesa natural contra o bacilo.

Amaznianarede-Semcom

 

 

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