Amazonas – Subiu para 65 mil a quantidade de pessoas afetadas pela cheia no Amazonas. A informação é da Defesa Civil do estado. Segundo o órgão, dois novos municípios estão com pedido de emergência sob análise. Caso seja confirmado, Pauini, e Carauari se juntarão a outras sete cidades afetadas pela cheia.
Nesta quinta-feira, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e o governador do Amazonas, José Melo, visitaram um dos municípios afetados, Eirunepé – a 1.160 km dde Manaus. Occhi e Melo foram até as comunidades de Ponta dos Ventos e Morada do Sol em Eirunepé junto ao secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira, ao secretário de Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, ao senador Gladson Cameli, do Acre, e ao prefeito de Eirunepé, Joaquim Bara. Lá, verificaram as condições das pessoas que enfrentam a enchente. Na cidade, o fenômeno atinge mais de 2 mil famílias em regiões ribeirinhas e no perímetro urbano, conforme dados da Defesa Civil.
O grupo participou ainda de reunião na sede da prefeitura de Eirunepé e decidiu que, com o objetivo de dar mais rapidez ao socorro da população, o Governo Federal fará o repasse de suprimentos para o Governo do Estado entregar aos municípios por meio da Defesa Civil do Amazonas.
Segundo informações da Agência de Comunicação do Governo do Amazonas (Agecom), o ministro da Integração reafirmou apoio total do governo federal e antecipou que o Ministério deverá auxiliar com recursos para a reconstrução das cidades quando acabar o período de cheia. O valor dos recursos que deverão ser empregados nessas etapas não foi divulgado pelo ministro.
Nas próximas semanas, o governador deverá convocar os prefeitos dos municípios afetados para uma nova reunião com Gilberto Occhi em Manaus para definir novas ações de curto prazo. Mas a principal meta, segundo o governador – por meio da Agecom -, é iniciar as discussões para medidas de longo prazo, como a retirada de famílias de regiões de risco para moradias populares.
O ciclo de cheia na região do Juruá normalmente ocorre entre o fim de janeiro até o início de abril. Mas, dessa vez começou na virada do ano. Em Eirunepé, a cota alcançou a marca de 17,51 metros na quarta-feira. A preocupação é que o nível supere o atingido em 2012, quando a cheia foi recorde.
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