
Para presidente da entidade, Antonio Silva, a ZFM só exporta 1,5% do seu faturamento e apenas 10% dessa fatia vai para os EUA
Manaus – O presidente da Federação das Indústrias do Estado Amazonas (Fieam), Antonio Silva, avalia que o aumento de tarifa nas importações dos Estados Unidos não deve causar efeitos significativos sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), pois a maior parte dos produtos é para o mercado brasileiro. Ao contrário do anunciado pela Confederação Nacional da Indústrias (CNI), o impacto na economia do será menor, pois só 1,5% do faturamento local é exportado.
Antonio Silva também afirma que a balança comercial entre a ZFM e os EUA é amplamente favorável aos americanos, pois o Amazonas importa quase 20 vezes mais do que exporta para aquele mercado, refletindo um superávit expressivo para os EUA no comércio bilateral com a ZFM.
Para o líder empresarial, o impacto será limitado baseia-se na estimativa de que a ZFM exporta somente 1,5% de seu faturamento, conforme levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
“Desse percentual, menos de 10% têm como destino os Estados Unidos”, explica Antonio Silva, ao acrescentar que isso significa que apenas 0,15% do faturamento da ZFM estaria sujeito às novas tarifas.
“Isso significa que uma guerra comercial tende a ser mais desfavorável a eles. Em resumo, o aumento de tarifa tem baixo potencial de impacto real sobre a economia da Zona Franca de Manaus, como bem disse o secretário Serafim Correa” (da Sedecti), explicou o dirigente.
A entidade aponta que a maior parte das exportações do Polo Industrial de Manaus (PIM) é composta por motocicletas, mas praticamente toda a produção é direcionada para o mercado brasileiro e uma pequena fatia para outros países, além dos EUA.
No estudo divulgado pela CNI, o Amazonas sofreria uma perda de R$ 1,1 bilhão na sua economia, com o sexto maior impacto com o tarifaço dos EUA, o que poderia refletir na queda de 0,64% do Produto Interno Bruto (PIB), ou o volume de riquezas geradas na economia.
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Da Redação Portal d24am