Após o acidente grave envolvendo o francês Jules Bianchi no GP do Japão, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já estuda alterar a regra que determina, ou não, a entrada do safety car, o carro de segurança, nas provas da Fórmula 1. A informação é do jornal The Independent, da Inglaterra.
Jules Bianchi, 25 anos, perdeu o controle do carro a 11 voltas do fim da prova, na pista molhada do circuito de Suzuka e bateu na parte traseira de um guindaste, que retirava a Sauber de Adrian Sutil da pista. No momento da colisão, um dos fiscais de prova balançava uma bandeira verde, sinalizando que, apesar do acidente, os pilotos estavam liberados para disputar posições na pista. A atitude gerou críticas de Alain Prost, que considerou um “grande erro a entrada dessa grua sem o carro de segurança estar na pista”.
O campeão de 1997, Jacques Villeneuve, foi além e pediu alterações nas regras do safety car. “Há que mudar as normas relativas ao safety car. Quando corria, mas também depois disso, sempre disse que quando há um acidente tem de haver o carro de segurança”.
Hoje, a decisão da entrada, ou não, do carro de segurança em uma etapa pertence exclusivamente ao diretor de prova da FIA, Charlie Whiting. Inclusive, foi dele a escolha por começar o GP do Japão com o carro na pista, por conta da forte chuva que atingia Suzuka.
Segundo o jornal britânico, a FIA já estuda a possibilidade de credenciar mais uma pessoa para decidir a respeito do assunto. Assim, existiria a chance de alguém discordar e argumentar com Whiting, podendo evitar o acidente deste final de semana. A mudança ainda depende de uma análise detalhada sobre os padrões de segurança adotados pela categoria mais tradicional do automobilismo.
Jules Bianchi sofreu uma grave lesão na cabeça e foi submetido a uma cirurgia poucas horas depois da batida. Segundo comunicado da FIA, “o quadro dele é muito, muito grave, mas estável”.
Fonte: Portal Terra
