Facção Família do Norte é a terceira do país

Par o ministro Alexandre, as rebeliões não são prvoocadas, aepnas pelas facções, deve existir um outrso ingrediente

 

A rebelião ocorreu no primeiro dia do ano

Manaus, AM – As rebeliões  com fugas e motes no sistema Prisional do Amazonas, em  Manaus, continua, repercutindo no Brasil e no mundo.O fato é que o massacre ocorrido no primeiro  dia do ano, no Complexo Penitenciário em Manaus é mais um capítulo da disputa de poder entre as maiores facções criminosas do país.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), e revela como o tráfico transnacional de drogas transformou-se em uma atividade organizada por facções. Responsável pelas mortes, a Família do Norte (FDN) é um dos grupos que surgiram nos Estados para conter o PCC – a FDN é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do país.

A Família é resultado da união de dois grandes traficantes, Gelson Lima Carnaúba, o Mano G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba. Segundo a PF, após passarem uma temporada cumprindo pena em presídios federais, os dois retornaram para Manaus, em 2006, determinados a se estruturarem como uma facção criminosa.

O resultado é o grupo que foi alvo da operação La Muralla, em 2015, flagrado movimentando milhões por mês com o domínio da “rota Solimões” – usada para escoar a cocaína produzida na Bolívia e no Peru por meio dos rios da região amazônica.

Reação da FDN

Embora seja aliada do CV, a FDN nunca aceitou ser subordinada a nenhuma outra organização. No inquérito que deu origem à La Muralla, os investigadores perceberam que o PCC estava “batizando” criminosos amazonenses de modo a aumentar a presença no Estado. Essa ação desagradou a FDN, que ordenou a morte de três  traficantes ligados à facção paulista.

À época, CV e PCC eram aliados e mantinham negócios juntos, e a FDN estava fragilizada pela Operação La Muralla. Cerca de um ano após iniciar a perseguição ao PCC, e agora com o apoio do CV, a FDN pôs em prática o plano de acabar com a facção paulista no Amazonas.

Guerra das facões

Par o ministro Alexandre Moras, as rebeliões não são prpvocadas, apenas pelas facções, deve existir um outros ingrediente

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta terça (03), que o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, não pode ser explicado simplesmente por uma guerra entre facções criminosas.

A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída por uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com liderança em São Paulo.

O ministro, porém, relativizou a guerra entre os grupos como causa do massacre. “Isso tem uma questão muito mais profunda, que é a entrada de armas nas penitenciárias, em virtude da corrupção, e a possibilidade de presos perigosos ficarem submetendo, independentemente de facções, outros presos”, disse o ministro.

Ele também afirmou que não prevê retaliação do PCC ao massacre causado na madrugada de domingo, 1º, para segunda-feira, 2.

Presídios federais

Moraes voltou a garantir que os líderes responsáveis pelas mortes em Manaus vão ser transferidos para presídios federais de segurança máxima e que o governo está auxiliando de forma emergencial na identificação das vítimas.

O ministro informou ainda que o Estado do Amazonas poderá usar R$ 45 milhões recebidos na semana passada para abrir 1,8 mil vagas prisionais e separar os presos pela periculosidade. Moraes disse que esse deve ser o critério do envio de presos a outras unidades, e não se são integrantes de uma facção.

O governo liberou na semana passada R$ 1,8 bilhão para os Estados construírem novas vagas e comparem material para controlar a entrada de objetos proibidos nas cadeias, como armas e celular.

O recurso vai evitar que os episódios como o de domingo ocorram novamente, disse Moraes. Outro R$ 1,8 bilhão vai se liberado até o fim deste mês.

“São R$ 3 bilhões do Fundo Penitenciário que estavam havia anos contingenciados, bloqueados para realizar superávit primário e deixaram de ser aplicados no sistema penitenciário”, apontou.

Perguntado se a separação dos líderes para outros presídios e penitenciárias garantiria realmente o enfraquecimento das facções, o ministro disse que não se pode subestimar nem superestimar o crime organizado.

“A questão penitenciária deve ser tratada dentro de um contexto de segurança pública. Tem questões importantes, separar os presos pela sua periculosidade, mas o combate ao crime organizado é muito maior”, disse.

Medida emergencial

O ministro afirmou que a medida emergencial no episódio vai ser auxiliar o Instituo Médico Legal (IML) para a identificação da vítima com os familiares. Moraes disse que o quadro de peritos no âmbito da Polícia Federal foi ampliado no Amazonas para identificar os corpos, especialmente aqueles que foram carbonizados.

Ele citou o combate ao crime nas fronteiras como ponto importante nesse contexto. A briga nas fronteiras pelo controle do tráfico de armas e drogas é um dos geradores da violência dentro e fora dos presídios, afirmou.

(Esses) são pontos centrais no Plano Nacional de Segurança que vai ser lançado, a necessidade de controle maior e efetivo de fronteiras”, afirmou.

Moraes também afirmou que é preciso tratar de forma diferenciada os mandados de prisão contra líderes de facções daqueles destinado a crimes mais leves. “Isso é combate junto com o controle dos presídios que deve ser feito para diminuir a força do crime organizado”, defendeu.

Amazonianarede-Estadão

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